A avenida Aguanambi tem sido canteiro de obras desde fevereiro de 2016. Há dois anos e cinco meses se iniciaram na via as intervenções que a tornarão parte do corredor expresso que ligará o bairro Messejana ao Centro. Previsto para janeiro deste ano, o prazo de conclusão da obra, agora, é o dia 31 de julho, conforme a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinf).
A secretária de Infraestrutura de Fortaleza Manuela Nogueira explica que o atraso se deu em razão de “interferências na obra”, mas o prazo de 31 de julho continua firme. “A garantia que podemos dar é que esse prazo é para entregar a obra na sua totalidade e alinhada com os desejos da população”, promete. De acordo com ela, 95% da avenida está concluída. “Até o fim do mês, estamos nos empenhando para toda a parte do sistema viário ser liberada. Em seguida, pontualmente trabalharemos nas praças, estações e calçadas. O que queremos tirar da Aguanambi é a sensação de ‘obra’, de interdição de tráfego”, explica.
O processo de requalificação do canal e as tubulações para internalização da fiação estão prontos, segundo Manuela. Além disso, a renovação do sistema viário está na reta final de conclusão. Ficam faltando, assim, a finalização das calçadas, urbanização das duas praças da avenida, implantação das estações e sinalização da rede viária.
Mendes Sousa, 44, trabalha como segurança no Hospital Uniclinic, que fica localizado na Aguanambi. Para ele, que vai de ônibus para o trabalho diariamente, as obras inacabadas não atrapalham tanto.
“Mas os pacientes reclamam bastante, todos querem entrar na avenida, como faziam antes, mas não podem mais”, explica o funcionário.
O contador Marcelo Reis, 30, utiliza carro como meio de transporte para chegar até o local do trabalho, que fica na Aguanambi. “A orientação das ruas muda bastante, o retorno mudou de lugar. Eu trabalho de um lado da avenida e geralmente saio de carro para almoçar do outro lado, mas fica confuso saber o caminho. Falta orientação a respeito das mudanças”, critica.
A Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) argumenta que mantém operadores de tráfego orientando os condutores ao longo da avenida. “Com a liberação do viaduto em ambos os sentidos, o fluxo de veículos tornou-se mais rápido. Trechos com lentidão são perceptíveis apenas nos horários de pico, em decorrência dos estreitamentos necessários para a obra”, explica a autarquia em nota ao O POVO. Para a secretária de Infraestrutura, “é difícil executar uma obra do impacto da Aguanambi sem causar transtorno.
O que podemos fazer é implementar medidas que minimizem esse impacto, escutando a população para responder às demandas de quem frequenta o local”.
Com a finalização da obra, a via passará a contar com quatro faixas para fluxo de veículos, sendo uma localizada junto ao central da via canteiro central, exclusiva para o transporte público. As intervenções são necessárias para a implantação do corredor exclusivo de ônibus no canteiro central.
Requalificação viária da avenida Aguanambi
- Implantação de um novo sistema de drenagem
- Reforma de calçadas
- Quatro quilômetros de ciclovia
- Instalação de oito estações de ônibus junto ao canteiro central
- Urbanização e reforma de duas praças
- Reforma da rotatória existente sob o novo viaduto
INVESTIMENTO DA OBRA
R$ 105,7 milhões
CORREDOR EXCLUSIVO
Irá interligar o Terminal de Messejana ao Centro, ao Terminal do Papicu e ao Terminal do Antônio Bezerra, por meio de faixas de ônibus das avenidas Domingos Olímpio, Antônio Sales e Bezerra de Menezes, via BR-116.
TRÁFEGO NA AGUANAMBI
71 mil veículos por dia;
37 linhas de ônibus com fluxo diário de 198 mil passageiros.
MUDANÇAS NAS LINHAS DE ÔNIBUS
As linhas de ônibus 503 - Av. 13 de Maio/Rodoviária I e 666 - Jardim Castelão, que trafegam no sentido sul/norte, seguem o desvio pela rua Padre Matos Serra e depois o itinerário original;
A linha 504 - Av. 13 de Maio/Rodoviária II, que circula no sentido norte/sul, segue o desvio pela rua Sousa Girão e continua o percurso normal.