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Reserva Jenipapo-Kanindé é área de turismo comunitário
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Reserva Jenipapo-Kanindé é área de turismo comunitário

| AQUIRAZ | O local recebe visitas de estudantes e pesquisadores interessados em conhecer os modos de vida da aldeia
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Os índios da etnia Jenipapo-Kanindé, em Aquiraz, dividem com visitantes as belezas culturais da aldeia e naturais da reserva de 1.734 hectares. O mar, a mítica lagoa da Encantada, o roçado, a casa de farinha, a casa da cacique pequena, a culinária, as lendas. Os turistas têm a disposição ainda uma pequena pousada com quatro suítes, com pacotes que podem incluir as três refeições feitas pelos nativos.


O cardápio inclui delícias como galinha caipira, baião de dois e pirão. Outros atrativos são o Museu Indígena Jenipapo-Kanindé e as trilhas Lagoa Encantada, Marisco, Morro do Urubu, Sucurujuba e Tapuio com trajetos que duram de 35 minutos a duas horas.

[SAIBAMAIS]

A comunidade tem hoje 425 pessoas, divididas em 125 famílias, que ocupam o território há sete gerações. O acesso ao local é feito por cinco quilômetros de estrada carroçável. Liderada pela cacique Pequena, a reserva recebe visitas de grupos escolares e pesquisadores desde 2005.


“O visitante gosta muito, principalmente, porque ele vai subir duna e ver toda a beleza. É uma área muito linda de verde, tem a Lagoa Encantada, o Morro do Urubu, a Praia dos Índios”, descreve o coordenador de turismo comunitário da reserva, Heraldo Alves, conhecido como Preá.


Além do pôr-do-sol no Morro do Urubu, com 98 metros de altitude, o turista também pode conhecer as tradições, como a dança do toré, e trocar experiências com a comunidade. Os meses mais movimentados são março, abril, junho e julho. Na semana, sábado é o dia que a aldeia recebe mais pessoas, sendo respeitado o limite de 50 por vez.


Além do turismo, outras fontes de renda das famílias são a agricultura, com o cultivo de milho, feijão, macaxeira, batata-doce e tomate; e o artesanato como a produção de cocar, arco e flecha, colar, pulseira e maracá (espécie de chocalho) a partir de sementes e coco. Da Lagoa Encantada, com três quilômetros e meio de extensão, a comunidade tira o sustento da pesca. À beira da Lagoa, que nunca secou, segundo Preá, os índios plantam cheiro-verde e alface.


A aldeia também disponibiliza uma área de camping entre a mata preservada. O local não possui estrutura de banheiros, mas é possível combinar o uso de alguma casa.


O local possui ainda escola indígena, na qual 15 índios ensinam 75 alunos de 3 a 16 anos nos turnos manhã e tarde. À noite, é oferecida a modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Funcionando de segunda a quinta-feira de maneira convencional. As aulas da sexta são culturais e abordam as tradições da aldeia.


SERVIÇO


Agendamento de visitas:

Associação Caiçara (88) 3432.1559 ou Instituto Terramar (85) 3226 2476 e (85) 3226 4154

Mais informações:

http://www.tucum.org/comunidades/jenipapo-kaninde-aquiraz/

 

SOBRE A RESERVA


1995: Cacique Pequena vai a Brasília cobrar a demarcação das terras pela Fundação Nacional do Índio (Funai).


1997: Funai vai à reserva Jenipapo-Kanindé iniciar os estudos de identificação e delimitação.


1999: Delimitação das terras.


2011: Demarcação das terras por meio da Portaria nº 184, do Ministério da Justiça, publicada no Diário Oficial da União de 24 de fevereiro de 2011.

 

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