A reserva é uma das 14 comunidades a integrar a Rede Tucum, rede cearense de turismo comunitário, estruturada desde 2008. “O que nos diferencia do turismo convencional é que no turismo comunitário nossa preocupação não é o retorno financeiro, é a complementação de renda”, afirma a secretária-executiva da rede Tucum, Aparecida Alcântara. Nesse tipo de turismo, o interesse das comunidades é apresentar os respectivos modos de vida em diálogo com os visitantes, fortalecer as redes e valorizar a sustentabilidade dos locais.

O Instituto Terramar, em Fortaleza, e a Associação Caiçara, em Icapuí, são entidades parceiras que fazem a consultoria e o acompanhamento da Rede Tucum, no entanto, as comunidades que integram a rede têm autonomia para desenvolver a atividade turística.

A coordenadora do Mestrado Profissional de Turismo da Universidade Estadual do Ceará (Uece), Luzia Neide Coriolano, explica que o turismo comunitário é oportunidade para que grupos como quilombolas, pescadores e indígenas se insiram na cadeia produtiva do turismo, ganhando meios para complementar a renda por meio da atividade econômica e, ao mesmo tempo, garantindo o respeito à cultura e ao meio ambiente. “O turismo dá oportunidade a todos, é atividade altamente solidária”, afirma.

 

TRADIÇÃO

Na Terra Lagoa Encantada, são conservados costumes através da contação de história, rodas de conversa e a dança do Toré, ritual que reúne seu povo em volta de uma fogueira e a partilha da bebida chamada Mocororó.

TERRAS INDÍGENAS

O Decreto 1.775/96, regulamenta a Lei federal 6.001/73, e dispõe sobre a demarcação de terras indígenas.