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Requalificação do Centro deve ser implementada a partir de agosto
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Requalificação do Centro deve ser implementada a partir de agosto

| FORTALEZA | Com seis eixos e prazo de um ano para execução, plano prevê, entre outras ações, ordenamento do comércio informal e incentivo à habitação
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Resultado do crescimento desordenado da Cidade, problemas históricos do Centro serão alvo de Plano de Ação Imediata a ser implementado em torno de seis eixos. As estratégias serão desenvolvidas em torno dos temas Habitação, Política de Apoio a Moradores de Rua, Turismo e Cultura, Infraestrutura e Mobilidade, Ordenamento do Comércio Informal, além de Segurança e Fiscalização. Com previsão de lançamento para agosto, a proposta deve ser executada em 12 meses por meio de ação coordenada entre Prefeitura e entidades de classe.


O estímulo à habitação na região, bem como a requalificação dos calçadões das ruas Liberato Barroso e Guilherme Rocha e das praças José de Alencar e do Ferreira estão programados. Na manhã de ontem, o Fórum do Centro se reuniu na Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza (CDL-Fortaleza), onde os seis grupos de ação começaram a definir metas específicas, prazos e orçamento do projeto.


“Temos o ordenamento dos camelôs, que é muito importante. A reforma dos calçadões, para que as pessoas possam usar o seu direito constitucional de ir e vir. E o outro problema diz respeito às pessoas em situação de rua, que deve ser encontrado um local digno para que eles realmente façam suas habitações”, elencou Assis Cavalcante, presidente da CDL-Fortaleza.


“Vamos resolver todos os problemas do Centro em um ano? Claro que não. O Centro precisa de investimentos de 20 anos para poder se transformar efetivamente. Mas se em um ano conseguirmos alcançar cada uma das metas que foram selecionadas aqui, a gente cria confiança, engajamento, articulação para continuar o trabalho de transformação”, explicou o prefeito Roberto Cláudio.


De acordo com ele, umas das estratégias é “retomar uma cultura de habitação” e a ocupação da região fora do horário comercial.


“A Prefeitura paga 1,2 mil aluguéis sociais por mês. Só aí, sem mexer em orçamento novo, deslocando esse aluguel social para o Centro, a gente já garante um número importante de novos moradores”, afirmou o prefeito, destacando ainda programa Minha Casa, Minha Vida direcionado para servidores públicos e projeto piloto de aluguel ou construção de casas para comerciários do Centro.


Ponto polêmico, ele diz que as “barracas” devem ser padronizadas ao passo da requalificação dos calçadões. “Vamos padronizar as barracas dos ambulantes dos calçadões. À medida que a gente fizer um calçadão novo, já padronizar todas as barracas, dá mais infraestrutura, mais organização e ordenamento, entendendo que esse comércio informal é importante e integra o comércio do Centro da Cidade”, frisou Roberto Cláudio.


Conforme o prefeito, a ideia é que um grupo trabalhe as metas estabelecidas detalhando ações e prazos. “Fazendo isso em um ano, a gente abre um horizonte de possibilidades para continuar esse trabalho”, projeta.

 

EIXOS DE INTERVENÇÕES


> HABITAÇÃO


Estimular a habitação por meio de redirecionamento para a região de aluguéis sociais já previstos em orçamento; projeto Minha Casa, Minha Vida para servidores públicos; projeto piloto de aluguel ou construção de casas para comerciários do Centro.


> POLÍTICA DE APOIO A MORADORES DE RUA


“Política nova” dirigida para as pessoas vivendo em situação de rua.


> TURISMO E CULTURA


> INFRAESTRUTURA E MOBILIDADE


Recuperação dos calçadões da Liberato Barroso e da Guilherme Rocha. Realizar melhorias nas praças, com prioridade para a José de Alencar e a Praça do Ferreira. Conjunto de ações de limpeza urbana, instalação de Ecopontos e iluminação.


> ORDENAMENTO DO COMÉRCIO INFORMAL


À medida que os calçadões sejam requalificados, padronizar todas as barracas de ambulantes e criar novas áreas.


> SEGURANÇA E FISCALIZAÇÃO


Implantação de câmeras de segurança e presença permanente de um efetivo da Guarda Municipal e da Polícia Militar na região.

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