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O desafio de reduzir o consumo de plásticos na rotina
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O desafio de reduzir o consumo de plásticos na rotina

| SUSTENTABILIDADE | Campanha mundial Julho Sem Plástico alerta para prejuízos ambientais por uso indiscriminado do material. Alternativa é repensar escolhas do dia a dia na rotina
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Alguns minutos de uso, centenas de anos de prejuízos. O plástico está presente de várias formas no cotidiano, mas os danos do uso indiscriminado para o meio ambiente são desconhecidos por muitos. Uma garrafa plástica, por exemplo, leva 450 anos para se decompor. A cada minuto, 1 milhão de garrafas do tipo são consumidas no mundo. Diante dessa questão, a campanha Julho Sem Plástico propõe, como desafio, a redução de consumo do material descartável por meio de trocas simples no dia a dia. Isso inclui, entre outras medidas, recusar sacolas, copos e canudos.

[SAIBAMAIS]

A campanha foi criada em 2011 pela WMRC Earth Carers em Perth, Austrália. Hoje, a Plastic Free July Foundation é uma fundação independente, sem fins lucrativos. Segundo essa organização, mais de 2 milhões de pessoas de 159 países participam do movimento no mundo todo.


“A gente não percebe o quanto de plástico usa. Canudo, tampinha do copo, copo descartável, embalagens, embalagem por cima de embalagem”, reflete Priscilla Veras, cofundadora do negócio social Muda Meu Mundo, que aderiu à campanha.


“Tudo começou em como ensinar os clientes a não usar sacola plástica. Na semana passada, as pessoas que passaram na nossa feira (em média, 400) só duas usaram a de plástico porque esqueceram. A ideia é pensar nesses pequenos atos do dia a dia”, explica. A startup, que realiza feiras com produtos orgânicos, criou um biocanudo a partir do caule do mamoeiro.


Clara Cabral Almeida, doutoranda em Ciências Marinhas Tropicais do Instituto de Ciências do Mar (Labomar) da Universidade Federal do Ceará (UFC), explica que o plástico é feito de petróleo.


“São polímeros formados por várias cadeias de carbono. Por isso, demoram para se decompor, as cadeias são longas e as ligações químicas são difíceis de serem quebradas. Existem vários tipos de plástico, os de alta e baixa densidade”, detalha.


Os animais marinhos são os mais prejudicados com o uso do plástico. Estima-se que pelo menos 8 milhões de toneladas de lixo plástico vão parar nos mares anualmente, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU).


“Dependendo do tamanho, os animais ingerem. Aves, peixes e mamíferos de grande porte ingerem por confundir com comida.

Ele acha que é comida, mas é plástico, que não tem nutrientes e é tóxico. Pode levar à morte do animal. Outro porém é que, com plásticos grandes, alguns animais como as tartarugas se enroscam e não conseguem se soltar”, frisa Clara Cabral.


SERVIÇO


Para saber mais:


Blog Um ano sem lixo www.umanosemlixo.com

 

Plastic Free July Foundation (em inglês) www.plasticfreejuly.org

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