Ainda sem previsão de implantação, o Centro Integrado de Inteligência e Controle para o Combate ao Crime Organizado do Nordeste poderá funcionar na mesma estrutura do Laboratório Integrado de Segurança. Segundo o secretário André Costa, há um espaço disponível no projeto do prédio a ser erguido que supriria as necessidades para a instalação do órgão.

“É possível (a instalação no mesmo prédio). Inclusive, a gente tem uma área, pelo projeto, tem um andar inteiro que ainda está para definir a utilização. Então, poderia também estar dentro do Laboratório, sem problema nenhum”. André Costa diz que o próprio secretário-adjunto da Segurança Pública Nacional, almirante Alexandre Mota, fez uma estimativa da área necessária e que será possível abrigar nesse andar. “Ele comporta. O Centro e o Laboratório são entidades que se complementam”, destacou.

O secretário disse ainda que técnicos da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) estão em Fortaleza, em um escritório, realizando os estudos para determinar as demandas para a instalação do Centro. “Estão na fase de projetar o que eles precisam, para saber quantos metros quadrados, quais a necessidades. E a gente está apoiando o trabalho deles”, contou.

Ainda segundo André Costa, a força-tarefa nacional, formada por 36 agentes, enviados ao Estado em fevereiro para auxiliar no combate às organizações criminosas, ainda está atuando no Ceará. Os agentes, porém, já não são os mesmos. Houve mudança, por conta do perfil de atuação. O grupo não tem prazo para deixar o Estado.

“Esses são da área investigativa, da inteligência. Antes, o perfil era focado no operacional. Porque o que a gente precisa é de dados que estão fora do Estado. Do Ceará, a gente já tem. Só que tem problemas e questões do Ceará que, pra gente resolver, precisa de dados de outros estados. E eles atuam nessa conexão com outros estados, questões de rota de tráfico etc.”, concluiu. (Thiago Paiva)

SUSP

SOBRE A ESTRUTURA

REFERÊNCIA

A expectativa, segundo André Costa, é que o modelo seja adotado em nível nacional, por meio do Sistema Único de Segurança Pública (Susp). O projeto foi apresentado ao ministro Raul Jungman, em Brasília, na semana passada.

ESTRUTURA

O prédio foi projetado com mais de 200 estações de trabalho, com possibilidade de ampliação, e ocupará mais de 5.000 m² de área dentro do atual prédio da PRF. A previsão é ser concluído em meados de 2020.

RECURSOS HUMANOS

Atualmente, 130 pessoas trabalham no laboratório, que funciona provisoriamente na SSPDS. A previsão, porém, quando a estrutura for concluída, é que 250 servidores e funcionários sejam alocados no Lisp, de diversas áreas de conhecimento e órgãos ligados à segurança.