“Parque Estadual do Cocó - Área Adahil Barreto”. É com essa nomenclatura que será entregue, após reforma e requalificação, amanhã, 3, a área verde localizada no Dionísio Torres, próximo à avenida Pontes Vieira. Após a Prefeitura de Fortaleza ceder, em dezembro último, ao Governo do Estado, o local deixou de ser parque e passou a integrar a Unidade de Conservação do Cocó.
Com os reparos, foram incluídos no local sistema de irrigação, grama, campo de futebol e quadra poliesportiva. Além disso, parquinho e academia de ginástica foram requalificados. Assim como outros espaços do Adahil Barreto e do Parque do Cocó, as trilhas receberam câmeras de videomonitoramento e limpeza. Parte do calçadão foi reestruturado e recebeu piso tátil, como política de inclusão para deficientes visuais.
Um dos locais novos a ser apresentado à comunidade será um olho d’água descoberto durante a requalificação. No local, foram colocadas espécies de peixes. Entre eles, dez tilápias, cada uma com 20 centímetros, 200 do tipo espada-verde e espada-vermelha e molinésias. A área será de contemplação para os visitantes, que poderão alimentar os peixes sob orientação de um educador ambiental.
Em parceria com o Instituto Federal de Juazeiro do Norte, os visitantes poderão acessar informações das espécies de plantas e animais existentes na área. Por meio de QR Code, o usuário vai identificar a vegetação em um sistema de mapa ecológico. O lançamento do sistema está previsto para setembro, de acordo com o titular da Secretaria de Meio Ambiente do Estado (Sema), Artur Bruno.
Como uma das regiões integradas ao Parque do Cocó, a área Adahil Barreto, compreendida em um espaço de 10 hectares, será cercada por gradil verde. De acordo com Bruno, o parque será dividido em setores, sendo as áreas: Adahil Barreto, Sebastião de Abreu, Anfiteatro, Santana Júnior e Raul Barbosa. Segundo o gestor, a proposta é criar trilhas que vão interligar essas áreas do Parque.
“O grande problema dos parques no Brasil, de uma maneira geral, é que não há manutenção. Nós teremos constante”, promete Bruno. À disposição do local e dos visitantes, jardineiros, equipe de apoio e limpeza, polícia e educadores ambientais devem compor o quadro de funcionários da área.
“A ideia é que aqui se viva a sustentabilidade. Nós estamos prevendo, com a equipe de educação ambiental, trabalhar a sustentabilidade em todos os bairros que estejam na área do Cocó”. A ideia, segundo o titular, é utilizar o Conselho Gestor para trabalhar a educação ambiental com o associações de moradores e entidades de bairros para criar um sentimento de “pertencimento” ao local.
NÚMEROS
EXTENSÃO
Dos 48 quilômetros do rio Cocó, 20 cortam o parque estadual
HISTÓRIA
A área Adahil Barreto foi fundada em 1980 e é conhecida como antigo Cocó
IRRIGAÇÃO
Três poços jogam água para a cisterna criada, que tem capacidade de 210 mil litros