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"Técnica e lado emocional são decisivos na hora de atirar"
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"Técnica e lado emocional são decisivos na hora de atirar"

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O professor do Departamento de Estudos da Violência (LEV) da UFC, César Barreira, que já foi diretor da Academia Estadual de Segurança Pública (Aesp), destaca a sensação de medo que fez Giselle supostamente não atender ao comando dos PMs. “E os policiais não são imunes a essa questão”. Mas o especialista pondera que é preciso preparar o policial para usar todos os mecanismos antes de atirar.


Na academia, a orientação é de que, mesmo contra criminosos, o ato de atirar não seja para matar, mas para imobilizar. “Um policial preparado adequadamente é o maior respeitador dos direitos humanos. Ele sabe atirar bem, sabe o local em que deve atuar, sabe a hora”, detalhou. César Barreira afirma que durante uma formação adequada o policial deve ter atirado, no mínimo, 500 vezes.


O número é o mesmo mencionado pelo presidente da Federação Cearense de Tiro, Francisco Xavier. “Isso com bom treinamento, considerando já bons atiradores, com planejamento”, reforça.


Atirar em movimento, conforme ele, deve ser uma ação evitada, capaz de ser executada apenas por policiais com muito experiência.


“Qualquer arma, curta ou longa, mesmo você parado atirando, ela não para na sua mão. Imagine você numa moto”, pondera Francisco Xavier. Conforme ele, além da técnica, o que mais prevalece em situações onde se precise atirar é o lado emocional. “Cada situação é uma, você aprende a atirar com precisão; a segurança e o emocional prevalecem”.

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