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Medidas para segurança online de crianças e adolescentes
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Medidas para segurança online de crianças e adolescentes

| FÉRIAS | No recesso escolar, o tempo de navegação costuma ser maior. Responsáveis devem estar atentos aos riscos e tomar medidas de proteção
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Durante as férias, crianças e adolescentes aproveitam as horas livres para navegar na internet em televisões, computadores, smartphones ou tablets. Para que o uso desses dispositivos torne-se seguro, pais ou responsáveis devem estar atentos aos perigos do ambiente virtual - contato com pessoas mal intencionadas, acesso a sites não confiáveis, conteúdos inapropriados para a faixa etária e o incentivo ao consumismo.


Viviane Pereira, pedagoga e gerente pedagógica da Universidade Aberta do Nordeste (Uane), da Fundação Demócrito Rocha (FDR), explica as crianças podem tomar por verdade tudo o que encontram na rede. “Outro ponto é o acesso a informações não indicadas para aquela idade. Hoje, a internet ensina tudo, desde como fazer um bolo até como fabricar uma bomba caseira. Tudo isso pode trazer um reflexo social e a gente não tem como mensurar os riscos", afirma.

 

O chefe de pesquisa do MorphusLabs, núcleo de pesquisa em cibersegurança da Morphus, empresa especializada na área, afirma que as armadilhas atingem todos os usuários, mas as crianças e adolescentes estão mais expostos. "Pais e responsáveis devem acompanhar o que o jovem está fazendo na internet, que buscas faz, que sites acessa, os filmes que vê. Os cuidados são tanto de controle, para restringir e monitorar o acesso deles, quanto de orientação", explica.

 

"O diálogo sobre os riscos é muito importante. Temos que levar questões para reflexão e não apenas a proibição pela proibição", sugere Viviane.


Para os responsáveis que não conseguem fazer um controle tão próximo, uma das soluções é restringir os tipos de conteúdo que os menores podem acessar. "Nesse caso, o apoio de ferramentas de monitoramento é importante. Uma delas é o Qustodio". O aplicativo, disponível para smartphones, tablets e desktops, permite que o responsável bloqueie sites e conteúdos inadequados, monitore as atividades nas redes sociais e defina um limite de tempo para uso.


A pedagoga pontua que, para garantir a segurança dos mais novos na rede, a proposta não é excluir o acesso à internet, que já faz parte das novas gerações, mas sim que seu uso seja moderado e equilibrado, com incentivo de outras atividades, fora do universo tecnológico.


A advogada Nayla Chaves optou pelo acompanhamento próximo da filha, Giovanna, de 9 anos, durante os momentos em que ela utiliza internet. "Alguns pais dão tablets, smartphones, mas a Giovanna tem um celular simples, que só liga e não tem acesso à internet. Então, ela sempre usa o meu telefone, comigo, com supervisão", afirma.


Para a advogada, esse monitoramento do conteúdo e do tempo de uso garante mais segurança para a filha, que utiliza o dispositivo para lazer e estudo. "Não deixo que ela acesse redes sociais e blogs ou faça pesquisas livres, apenas quando é para atividades da escola, mas sempre determino o tempo que ela usa", afirma.

 

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MANUAIS


Para pais e responsáveis que desejam aprender mais sobre os riscos da internet e como proporcionar mais segurança a crianças e adolescentes, é possível encontrar, na rede, guias que ajudam na tarefa. O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR, entidade sem fins lucrativos, disponibiliza manuais para pais e filhos no endereço (https://internetsegura.br/). O download é gratuito e a reprodução do conteúdo, livre.

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