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Fortaleza terá acolhimento de crianças por famílias temporárias
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Fortaleza terá acolhimento de crianças por famílias temporárias

| TEMPO DE ACOLHER | Crianças e adolescentes afastados do vínculo familiar por medida de proteção judicial poderão, a partir de setembro, viver temporariamente sob os cuidados de outra família
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Com a proposta de oferecer um lar temporário para crianças e adolescentes que estão afastados do vínculo familiar por medida judicial, a Prefeitura de Fortaleza lançou ontem o serviço socioassistencial Família Acolhedora – Tempo de Acolher. A iniciativa quer oferecer lar temporário, por seis meses, renováveis por mais seis, para crianças e adolescentes de 0 a 18 anos, que estejam sob medida protetiva judicial. Assim, a família acolhedora — após receber capacitação —, seria um suporte no desenvolvimento infantil até a resolução do caso, seja por determinação de retorno à família de origem ou de disponibilidade para adoção.

 

“Estive com crianças que vivem em abrigos. Estudos longitudinais mostram a forma como a proteção e o cuidado influenciam diretamente no desenvolvimento”, aponta a primeira-dama de Fortaleza, Carol Bezerra.


Por não se tratar de um processo de adoção, o acolhimento é provisório. “Crianças precisam de amor e de limites. Por mais dedicados que sejam os cuidadores em abrigos, elas precisam experimentar fazer parte de uma família”, defende Carol.

 

Como ajuda de custo, a Prefeitura oferece o valor de mil reais para as famílias que receberem as crianças. O valor passa a R$ 1.500 se os meninos ou meninas tiverem alguma deficiência. Os primeiros acolhimentos devem ser efetivados até setembro.

 

As famílias interessadas devem procurar a Secretaria de Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS), no bairro Messejana, para realizar o cadastro. É preciso, entre outras exigências, ter entre 21 e 65 anos de idade, sendo pelo menos 16 anos mais velho que o acolhido, e não ter interesse em adoção.


O promotor de Justiça Hugo Mendonça afirma que, apesar de o Ministério Público fiscalizar todas as unidades de acolhimento, a implementação do programa é um desafio. Apesar dos baixos custos de realização pelo Município, é necessário a capacitação da equipe multidisciplinar — com assistentes sociais, enfermeiros e psicólogos —, para avaliar o perfil das famílias. “Não pode ser, por exemplo, alguém que tenha intenção de adotar ou que esteja precisando do dinheiro da bolsa”.

 

SERVIÇO


Tempo de Acolher


Inscrições devem ser realizadas na Secretaria de Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (Rua Padre Pedro Alencar, 2230 - Messejana)

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