“Estive com crianças que vivem em abrigos. Estudos longitudinais mostram a forma como a proteção e o cuidado influenciam diretamente no desenvolvimento”, aponta a primeira-dama de Fortaleza, Carol Bezerra.
Por não se tratar de um processo de adoção, o acolhimento é provisório. “Crianças precisam de amor e de limites. Por mais dedicados que sejam os cuidadores em abrigos, elas precisam experimentar fazer parte de uma família”, defende Carol.
Como ajuda de custo, a Prefeitura oferece o valor de mil reais para as famílias que receberem as crianças. O valor passa a R$ 1.500 se os meninos ou meninas tiverem alguma deficiência. Os primeiros acolhimentos devem ser efetivados até setembro.
As famílias interessadas devem procurar a Secretaria de Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS), no bairro Messejana, para realizar o cadastro. É preciso, entre outras exigências, ter entre 21 e 65 anos de idade, sendo pelo menos 16 anos mais velho que o acolhido, e não ter interesse em adoção.
O promotor de Justiça Hugo Mendonça afirma que, apesar de o Ministério Público fiscalizar todas as unidades de acolhimento, a implementação do programa é um desafio. Apesar dos baixos custos de realização pelo Município, é necessário a capacitação da equipe multidisciplinar — com assistentes sociais, enfermeiros e psicólogos —, para avaliar o perfil das famílias. “Não pode ser, por exemplo, alguém que tenha intenção de adotar ou que esteja precisando do dinheiro da bolsa”.
SERVIÇO
Tempo de Acolher
Inscrições devem ser realizadas na Secretaria de Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (Rua Padre Pedro Alencar, 2230 - Messejana)