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Falta de insumos foi superada, mas leitos são insuficientes
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Falta de insumos foi superada, mas leitos são insuficientes

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Em outubro de 2017, o Hospital Geral de Fortaleza (HGF) passou 35 dias sem realizar transplantes de rim. Não havia insumo e medicamentos necessários. Este ano, de acordo com o chefe do setor de transplantes da unidade, Ronaldo Esmeraldo, a situação melhorou e apenas um caso deixou de ser realizado por falta de insumo. “Em dezembro mesmo (do ano passado) fizemos cerca de 20 procedimentos, uma média excelente”, afirmou o médico.


Mas ele cita outras causas habituais, como a falta de leitos especializados. Atualmente, o HGF tem 24 leitos oficiais destinados aos transplantes. Problema agravado pelo próprio rodízio de pacientes, que é mais demorado. “O transplantado é um paciente imunossuprimido e requer atenção no pós-operatório e nas intercorrências”, afirmou.


O médico citou ainda que muitos pacientes transplantados são internados em outras unidades após intercorrências, e a inexperiência dos profissionais não os permite identificar questões como pouca absorção medicamentosa ocasionada por vômitos e diarreia. “No interior também, muitos prefeitos ainda enviam pacientes para a Capital, apesar das unidades já existentes”, afirmou.


Ronaldo Esmeraldo ressaltou ainda que um transplante gasta cerca de 1/6 dos recursos aplicados em hemodiálise para um paciente renal. “O primeiro ano após o transplante é mais caro, porque tem os remédios, a cirurgia, a internação. No segundo ano, o custo passa a ser de 15 a 20% do aplicado da hemodiálise”, calculou. (Sara Oliveira)

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