Após reforma, a Escola de Ensino Médio Johnson, localizada no bairro Guararapes, se tornou a primeira do Estado a funcionar com energia solar. Segundo o governador Camilo Santana, o projeto deve ser ampliado para outras unidades. Ao todo, serão 17 “ecologicamente corretas” com utilização de energia solar e reúso de água. A escola recebeu placas voltaicas por doação da empresa norte-americana SC Johnson. A reforma da escola foi entregue em cerimônia na manhã de ontem.
O investimento foi de R$7,1 milhões provenientes do Governo Federal e Estadual para construir e equipar o prédio. Foram disponibilizados U$ 250 mil pela empresa para a instalação de painéis solares que devem cobrir 100% das necessidades de energia do local. A escola recebeu 487 placas voltaicas, o que corresponde a 30% dos painéis necessários. Os outros 70% serão instalados, segundo a Secretaria Estadual da Educação, até o fim de julho.
Pioneira na oferta de educação inclusiva na rede estadual, a escola foi fundada em 1962. Com a reforma, a unidade tem capacidade para atender até 1.200 alunos nos três turnos. A estrutura contém três pavimentos, com 12 salas de aula, auditório, biblioteca, laboratórios e ginásio poliesportivo.
“Essa é a quinta que nós inauguramos de 17. A ideia é que todas essas novas escolas já tenham o padrão de energia solar garantindo toda a energia da escola. Aqui já tem o aproveitamento de água, tem uma cisterna com calha que está aproveitando água da chuva no telhado do ginásio e da escola”, explicou o governador.
A ideia, segundo ele, é que as escolas se tornem sustentáveis. “Estamos fazendo 17 novas escolas, cinco já estão inauguradas, faltam mais 12. Dessas cinco, essa é a primeira com energia solcar, mas as outras quatro já estamos providenciando a compra”, garantiu.
O chefe do executivo explicou que, para utilizar a energia solar, é necessária uma estrutura adaptada às células voltaicas. “Precisa ser calculado o peso das placas para saber se o teto suporta a capacidade. Qual a quantidade de energia que precisa gerar para funcionar a escola”, detalhou.
De acordo com Camilo, além um incentivo fiscal para equipamentos utilizados no reúso de água já aprovado em lei, o Governo estuda a implantação de isenção no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da energia de quem reutiliza água. “Estamos calculando isso para saber os efeitos na arrecadação do Estado. Mas eu pretendo ainda esse ano anunciar isso, como já temos com a energia solar. Pequenos e médios geradores de energia solar não pagam ICMS. Temos muito Sol no Ceará e escassez de água. Então temos que aproveitar a energia solar e reutilizar água aqui no nosso Estado”.