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Prefeitura cria comissão para investigar morte de menina em creche
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Prefeitura cria comissão para investigar morte de menina em creche

| ANCURI | Segundo a Secretaria da Educação, os trabalhos da comissão já estão sendo realizados. Pais e alunos protestam por reforma de escolas
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Após morte de menina de quatro anos em decorrência do desabamento do piso de creche da rede municipal, a Prefeitura de Fortaleza criou uma comissão pericial técnica para apurar as causas da tragédia. Hannah Evelyn de Andrade Laranjeira faleceu na manhã de quarta-feira, 23, quando brincava na hora do recreio no Centro de Educação Infantil (CEI) Professora Laís de Sousa Vieira Nobre. Ela e outras duas crianças caíram em uma fossa após o chão ceder. 

[SAIBAMAIS]
Conforme a Secretaria Municipal da Educação (SME), os trabalhos da comissão já estão sendo realizados. A pasta, no entanto, não deu mais detalhes sobre o funcionamento das investigações. Questionada sobre o prazo para reabertura da creche, a SME não se manifestou.
 

Na manhã de ontem, pais e alunos fizeram manifestação que partiu do CEI Laís de Sousa alertando a comunidade sobre problemas estruturais, semelhantes aos do CEI, em outros dois colégios do bairro Ancuri: o Bárbara de Alencar e José Moreira Leitão.

Distantes apenas poucos quarteirões do local onde a aluna de quatro anos morreu, essas escolas, segundo os manifestantes, estão com rachaduras nas paredes, infiltrações no teto e banheiros sem estrutura.

Nem a Polícia Militar, que acompanhou a manifestação, nem os pais dos estudantes deram estimativa de público presente na caminhada.
 

Na escola José Moreira, os familiares contam que as crianças levam choques ao encostar na parede em dia de chuva. “A gente chega a torcer para não chover que é pra não ficar preocupado com a filha”, conta a dona de casa Cristiana Alves, 32. A filha dela, de quatro anos, segurava um cartaz onde estava escrito Justiça.
 

A feirante Margarida da Silva, 40, endossa que as escolas foram apenas “maquiadas”: fizeram a pintura, mas não houve nenhuma reforma das estruturas. “É só ver o banheiro, feito para um menino de três anos usar. É imundo e com o vaso sanitário quebrado”, conta ela, mãe de um estudante do CEI Laís de Sousa. A dona de casa Maria Eduarda Fernandes, 25, conta que o filho relata choques nas paredes da creche. “As professoras e o ensino são ótimos. O problema é o risco que os nossos filhos passam”.
 

Por meio de nota, a Prefeitura afirma que “ofereceu e assegurou o necessário para velório, translado do corpo, sepultamento. Às famílias, tanto da Hannah quanto das crianças que foram resgatadas, foi oferecida assistência”.
 

Sobre denúncias a respeito das condições das escolas, a SME informa que, na José Moreira Leitão, a obra da quadra poliesportiva foi licitada novamente e está em trâmite para que haja retomada e conclusão. Sobre a Bárbara de Alencar, disse que a informação não procede.

 

REDE CONVENIADA
 

Atualmente, a rede municipal conta com 94 creches conveniadas. São ainda 12 Centros de Educação Infantil funcionando em prédios
alugados. 

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