Em 2016, 10 mil pessoas em Fortaleza tiveram laudo confirmando a doença inflamatória crônica das vias aéreas; já em 2017, o aumento foi de mil ocorrências. No ano passado, 29 pessoas morreram por complicações ocasionadas pela patologia respiratória na Cidade. No ano anterior, foram 17.
“A asma é uma doença inflamatória crônica, ou seja, não tem cura, mas tem tratamento e é possível ter uma vida normal mesmo asmático”, explica Joana Albuquerque. Médica da família e assessora do Programa de Atenção Integral à Criança com Asma de Fortaleza (Proaica), Joana foi responsável por uma palestra informativa, no Posto de Saúde Waldo Pessoa, no Barroso, em alusão ao Dia Mundial da Asma. A data, comemorada na primeira terça-feira de maio, provoca atividades especiais até hoje. “O principal propósito desse encontro é alertar a população sobre os cuidados com a doença para que se evitem mais mortes”.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 10% da população do mundo seja acometida pela doença. Entre os sintomas estão tosse, dificuldade de respirar, ocorrência frequente de infecções respiratórias, irritação na garganta e ritmo cardíaco acelerado.
Não demorou muito para que Samara de Sousa, 23, descobrisse que o filho, hoje com dois anos, tinha asma. Aos três meses de vida do menino, a dona de casa passou a estranhar o cansaço insistente, que piorava ao ter contato com poeira. “Ele pode ter uma crise a qualquer momento”, diz, enquanto assistia à palestra no posto de saúde. Somente o Posto de Saúde Waldo Pessoa realiza atendimento para cerca de 50 pessoas todos os meses.
E em qualquer dos 110 Postos de Saúde da Prefeitura é possível ter assistência e diagnósticos a respeito da asma, com atendimento das 7h às 19 horas.
Os casos mais graves, segundo a médica, são encaminhados ao Hospital Infantil Albert Sabin. O tratamento é realizado com corticoides e, para as crises, o paciente usa a bombinha respiratória. Tudo sob prescrição médica. (Angélica Feitosa)