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Comunidades tradicionais e indígenas protestaram contra modificações
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Comunidades tradicionais e indígenas protestaram contra modificações

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Além das questões ambientais levantadas por especialistas, populações tradicionais apontam impactos socias que devem ser considerados na análise da proposta.


Cleomar Ribeiro da Rocha, 43, da comunidade quilombola do Cumbe, localizada em Aracati, afirma que a instalação de um parque eólico na região impôs limitações territoriais. “A forma que os empreendimentos vêm chegando, dizendo que é desenvolvimento, isso vem trazendo degradação e tirando todas as características da comunidade, do povo, das mulheres, do território, do paisagismo. O nosso território é dentro de um parque eólico, hoje eu tenho regras para entrar no meu próprio lugar”, lamenta.


Durante apresentação, Wil ker Sales, do Núcleo de Impacto Ambiental da Semace, justificou que recentemente não há construções de parques eólicos em territórios de comunidades tradicionais. Ele ressalta que a atualização na proposta já é prevista por resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente.


Jurandir Picanço, consultor de energia da Fiec, afirma que muitas dessas construções se deu devido o Ceará ter sido pioneiro na implantação de parques eólicos. “É possível que muitos dos parque licenciados naquela ocasião, hoje não fossem mais porque as regras são bem definidas”, diz.


O geógrafo Jeovah Meireles defende que deve haver diálogo com as comunidades em todos os processos de implantação.

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