Professor aposentado da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Ceará (UFC), o engenheiro civil Idevaldo Bodião esteve presente na manifestação, representando o Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedeca). Ele defende que a população reclama pela presença dos políticos (vereador do bairro, prefeito e governador) nesse momento trágico.
“O Cedeca recebe reivindicações de problemas que achávamos que já estavam resolvidos. Voltamos a ter anexos precários, a ter falta de matrícula”.
A marca mais assustadora, de acordo com ele, é a volta de equipamentos instáveis na rede de ensino de Fortaleza.
Uma deterioração como a que houve no piso sobre a fossa da escola, analisa o professor, “não acontece do dia para a noite”. O chão não deveria ceder com o peso de crianças e nem com o de adultos.
O correto neste momento, segundo Bodião, seria realocar os estudantes em outras escolas, enquanto um terceiro equipamento é construído. “As famílias não querem voltar para lá”.
De acordo com a Secretaria Municipal da Educação (SME), em 2018, até agora, estão sendo investidos R$ 1.030.800 para manutenção e reforma do parque escolar em 36 unidades de Educação Infantil. Esse montante é referente a recursos já executados ou em execução.
A assessoria da pasta afirma que, considerando os investimentos realizados desde 2016 e já executados, foram aplicados R$ 23,5 milhões em reformas e manutenção do parque escolar municipal de Fortaleza, incluindo escolas, centros de educação infantil e outros equipamentos.
Hoje, às 15 horas, haverá uma reunião na Comunidade Visão Mundial (rua Coronel Gomes de Moura, 596 - Ancuri), com pais, professores e a vereadora Larissa Gaspar, para discutir a situação das escolas. (Angélica Feitosa)