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Casa de apoio a pacientes com câncer procura doadores e parceiros
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Casa de apoio a pacientes com câncer procura doadores e parceiros

| 14 ANOS | Associação Nossa Casa oferece acolhida, alimentação e cuidados a pessoas do Interior que vêm buscar tratamento em Fortaleza
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Uma ponta da esperança surgia junto ao Centro Regional Integrado de Oncologia (Crio) há 14 anos. Foi ideia dos funcionários da instituição um lar temporário para pacientes do Interior do Estado, vítimas de câncer e atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que não podiam arcar com custos de permanência na Capital. Com esforço, foi criada a Associação Nossa Casa (ANC), que oferece acolhimento de forma gratuita. A comemoração de aniversário aconteceu ontem, com um café da manhã.


A associação surgiu diante da necessidade dos pacientes, que precisavam de ajuda com estadia, transporte e alimentação, caso contrário, interromperiam o tratamento. A vice-presidente da ANC, Daniele Castelo Branco, conta que a data é, sim, de celebração, mas também de muita luta para conseguir manter a instituição. Ela está desde o início no projeto.


São ofertadas 45 vagas para atendimento de pacientes com câncer, atualmente, ocupadas a maior parte por mulheres (28). Hoje, a casa conta com nove funcionários e quatro voluntários.


O atendimento já começou com 45 vagas para pessoas atendidas em sessões de quimio e radioterapia no Crio. Para ser aceito na associação alguns requisitos são imprescindíveis. Por falta de vagas, não são aceitos acompanhantes. O paciente deve, então, ser independente e conseguir tomar conta de si.


Atualmente, há pessoas acolhidas vindas das cidades de Juazeiro do Norte, Quixadá, Quixeramobim, Madalena, Canindé e Sobral.

 

“Os custos para manter a casa de apoio são elevados. São R$ 50 mil por mês somente para a manutenção e é sempre um aperreio”, conta a vice-presidente da ANC. Um bazar é realizado na sede da Instituição às terças e quintas. A lojinha é aberta diariamente. “Temos ainda alguns poucos doadores individuais, que são fundamentais para o sustento do projeto. Mas precisamos de mais doadores e de parcerias com empresas ou projetos”, informa.

 

Há 18 dias hospedada na ANC, Maria de Fátima Ferreira, 66, agora passa por quimio e radioterapia. A aposentada veio de Quixeramobim, a 212 km de Fortaleza. “A gente só sente saudade de casa, mas aqui é muito bom”, sorri. Quem mais faz falta a Jocélia de Jesus, 39, são os filhos: um menino de 9 e uma moça de 14 anos. “É tanta falta que a gente sente que chega dói”, diz a dona de casa de Morada Nova, a 167 km da Capital. Ela já fez a cirurgia de retirada de um câncer de mama e está há um mês acolhida na casa. O horário da radioterapia dela é durante a madrugada: 1h30min. Como a casa fica vizinha ao Crio, é mais fácil para os pacientes de lá terem as sessões durante a madrugada, deixando o dia para aqueles que não estão internados.


Uma equipe multiprofissional é cedida pelo Crio para atendimento aos pacientes da casa de apoio: são nutricionista, terapeuta ocupacionais e fisioterapeutas.


SERVIÇO


Para fazer doações à Associação Nossa Casa, entrar em contato pelo telefone: 3521 1538

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