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Casa da Gestante receberá R$ 30 mil mensais do Ministério da Saúde
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Casa da Gestante receberá R$ 30 mil mensais do Ministério da Saúde

| MEAC | O valor do convênio arca com os custos das vagas na Casa da Gestante, Bebê e Puérpera da Maternidade-Escola
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Mantida atualmente com financiamento da própria Maternidade-Escola Assis Chateaubriand (Meac), a Casa da Gestante, Bebê e Puérpera (CGBP) comemorou um ano de fundação com uma excelente notícia. A instituição foi aprovada para convênio com o Ministério da Saúde, no Programa de Assistência à Instituições. Com isso, a entidade receberá, todos os meses, R$ 30 mil. 


Com os custos de manutenção incorporados no orçamento da Meac, não era possível ampliar o número de pessoas atendidas. Agora, o convênio deve mudar essa realidade.
 

“É fundamental a existência desse projeto, já que 70% dos nossos atendimentos são de mulheres que moram em outras cidades. Não é uma casa de apoio, mas de cuidados especializados, com equipe 24 horas disponível”, aponta a enfermeira Karla Abreu, coordenadora técnico-administrativa da Casa da Gestante. Um grupo multidisciplinar, com enfermeiras, auxiliares e técnicos de enfermagem, fisioterapeuta e médico da Meac estão cedidos para a CGBP.
 

Para ser cadastrado no programa do Ministério da Saúde é necessário atender a uma série de critérios. Entre as prerrogativas, está a de que a casa de acolhimento já deve estar construída adequadamente e ter uma cozinha ampla. “Somente depois de um ano com tudo pronto é que fomos habilitados. 

 

Agora, queremos ampliar o número de atendimentos e já temos espaço para isso”, confirma o diretor assistencial da Meac, Carlos Augusto Alencar Júnior.

Há um ano, uma casa foi alugada a 300 metros da Meac. Ela foi reformada, adaptada e equipada para proporcionar conforto e segurança às mães e aos recém-nascidos e funciona como um anexo do hospital, com equipe em escala de plantão ou sobreaviso. Conta com quatro quartos, tem capacidade para 15 mulheres e sete recém-nascidos simultaneamente.
 

Além dos benefícios para estes usuários, a Casa da Gestante contribui para o melhor aproveitamento dos leitos hospitalares, antes ocupados por mulheres que poderiam receber alta. “Essas mães poderiam estar ocupando leitos por conta dos cuidados que podem ser dados num ambiente anexo ao hospital”, explica Zenilda Vieira Bruno, chefe da divisão médica da Meac.
 

Iverlene Pereira, 25, levou o filho Guilherme, de cinco meses, para a celebração do primeiro ano da casa. Ela, que entrou em trabalho de parto na 26ª semana, recebeu cuidados e conseguiu que o filho nascesse na 38ª semana, sequer passando por incubadora. “Agradeço demais à Casa da Gestante pelo acolhimento e considero aqui a minha segunda casa”.
 

O POVO entrou em contato com o Ministério da Saúde para ter informações da previsão de liberação da verba. O e-mail enviado não foi respondido até o fechamento desta página. 

 

MÃES E BEBÊS
 

COMBATE À MORTALIDADE
 

> A Casa da Gestante é uma residência provisória de cuidado à gestação de alto risco e puerpério para pacientes que demandam atenção diária. No primeiro trimestre do ano, 109 pessoas passaram
pela casa.

> De acordo com dados da Secretaria da Saúde do Ceará divulgados em 2017, foram 93 óbitos maternos em 2016, uma redução de 31% em comparação a 2014. Complicações no parto, hemorragias e hipertensão são as principais causas
das mortes.  

 

CUIDADOS NA GRAVIDEZ DE RISCO
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NA CASA DA GESTANTE, BEBÊ E PUÉRPERA desde 21 de abril, Telma Ferraz, 32, está grávida de sete meses das gêmeas Rute e Sara. Ela deixou em casa, em Paracuru, o marido e dois filhos, Letícia, 9, e Carlos Júnior, 13 anos. Como na cidade do Litoral Oeste não há leitos de UTI para recém-nascidos e a gravidez é de risco, ela preferiu ficar no abrigo. “Se não fosse esta casa, não tinha onde eu ficar aqui em Fortaleza. Ela é fundamental pra minha gravidez”. 

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