Além de condenado por tráfico internacional de drogas, um dos 12 beneficiados pelo habeas corpus do ministro Marco Aurélio Mello (STF) é investigado na Operação Expresso 150 no Ceará. Paulo Diego da Silva Araújo, outros bandidos e advogados respondem no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por envolvimento em um esquema de compra de liminares a quatro desembargadores. Corrupção que se dava durante os plantões do Tribunal de Justiça do Ceará.
De acordo com investigações da Polícia Federal (PF), os traficantes de drogas pagavam até R$ 150 mil aos desembargadores para sair pela porta da frente dos presídios cearenses.
Segundo o inquérito da PF, coordenado pelo delegado Janderlyer Gomes, os empresários Cícero Brito (condenado a 197 anos) e George Gustavo da Silva (164 anos) lideravam a quadrilha. Os dois, de acordo com denúncia do Ministério Público, negociavam diretamente com grandes traficantes de maconha e cocaína na Bolívia e no Paraguai.
A quadrilha, que teve autorização para ser solta no último 10/5, lavava dinheiro entre o Ceará, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Uruguai.