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Sete cidades do Ceará enfrentam seca e alagamento ao mesmo tempo
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Sete cidades do Ceará enfrentam seca e alagamento ao mesmo tempo

| EMERGÊNCIA | Sete municípios constam na lista de situação de emergência devido à crise no abastecimento, mas também enfrentam dificuldade com alagamentos causados pelas chuvas
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As chuvas de abril, longe de afastar por completo o drama da seca do Estado, têm feito surgir situações atípicas. Sete cidades estão na lista de emergência pela estiagem ao mesmo tempo que constam no registro de emergência por alagamentos. Icapuí, Aracati, Jaguaruana e Limoeiro do Norte, na região Jaguaribana, e Sobral e Morrinhos, na região Norte, estão nessa situação mista. Quixeramobim, com estiagem, ainda não está na lista da situação de emergência por alagamento, mas, de acordo com Marcos Machado, agente da Defesa Civil do município, a prefeitura já requereu a inclusão.

 

Na cidade do Sertão Central, 502 localidades, com 38.429 pessoas, antes das chuvas mais recentes, eram abastecidas exclusivamente pela Operação Carro-Pipa. Depois das chuvas, 390 delas pediram suspensão desse abastecimento, porque, com as cisternas cheias, não há espaço para guardar água. No entanto, com as grandes precipitações dos dias 11 e 12 deste mês, alagamentos têm sido registrados tanto na zona rural quanto na urbana e nem os 112 outros distritos estão podendo ser abastecidos.

 

“A chuva alagou as estradas e tem dificultado bastante a locomoção. Tanto que, por segurança, foi suspensa a Operação Carro-Pipa até mesmo nos distritos que ainda precisam dela. No distrito de Belém, que tinha uma estrada de acesso, uma barragem arrombou e foi embora devido às chuvas”, lastima Marcos Machado.


As aulas nos distritos de Manituba, Belém, Encantado, Damião Carneiro e Fogareiro, em que alunos dependem da locomoção pelas estradas alagadas, também foram suspensas por 15 dias, na última quarta-feira, 18, para evitar acidentes.


Machado, que é articulador da Força Solidária, campanha feita pela Defesa Civil municipal para ajudar as famílias afetadas pelas chuvas, conta que na sede de Quixeramobim 21 famílias foram desabrigadas e perderam boa parte de seus pertences. Além disso, nas localidades Conjunto Esperança, Jardim Norte I, Baixada Fluminense e Buraco da Gia casas foram alagadas. “Não é enchente ainda, porque o açude principal (o Quixeramobim, atualmente com 73,23% da capacidade) não sangrou, mas não falta muito. E nós também não saímos da situação de estiagem. É atípico”, classifica. (Domitila Andrade)

 

AJUDA


Decreto de situação de alagamento poderá ajudar com maquinário para desobstrução de estradas, remoção de área de risco e alimentação.

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