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Rede pública vacina quase 84 mil pessoas na Capital no fim de semana
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Rede pública vacina quase 84 mil pessoas na Capital no fim de semana

| INFLUENZA | Expectativa é vacinar 600 mil pessoas em Fortaleza e 2,2 milhões no Estado. No dia 12 de maio, ocorre o dia "D" de vacinação em todo País
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O momento não é de pânico, mas precisa de atenção. “A qualquer sinal de agravamento [da gripe], tem que procurar atendimento médico”, reforçou Henrique Javi, titular da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa), durante conversa com jornalistas ontem. Entre a última sexta-feira, 20, e domingo, 22, cerca de 84 mil pessoas foram vacinadas pela rede pública de saúde contra o vírus influenza na capital cearense. O dado referente a todo o Estado ainda não foi consolidado.


No Centro de Saúde do Meireles foram 1.460 doses na sexta-feira e 2.384 no sábado, 21, segundo Javi. No domingo, não houve atendimento. Na manhã de ontem, o centro voltou a receber a população.

 

Para o advogado Renato Barroso, 70, neste ano, a procura aumentou. “Eu gosto de estar entre os primeiros. Não esperava essa fila tão grande”, surpreende-se.

 

A vacinação é destinada para os grupos de idosos a partir de 60 anos, crianças de seis meses a cinco anos, trabalhadores de saúde, professores das redes pública e privada, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), pessoas privadas de liberdade e funcionários do sistema prisional. Portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais também podem se vacinar.


A meta do Estado é imunizar 2.286.637 pessoas até o início de junho. Caso a meta não seja atingida nesse período, há possibilidade de expandir a vacinação para os grupos acima de 5 a 9 anos e o de 50 a 59 anos, afirma Ana Vilma Leite, coordenadora de imunidade da Sesa.


De acordo com a titular da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Joana Maciel, todos os postos de Fortaleza estão abastecidos. A vacina disponibilizada combate três subtipos do vírus que circulam no Brasil: dois influenza A - H1N1 e H3N2 - e o influenza B. A eficácia é maior para o H1N1. Conforme o Ministério da Saúde, o subtipo H2N3 não está em circulação no País. A validade da vacina é de um ano devido à alta capacidade de mutação do vírus.


A possibilidade de iniciar a campanha no Estado, em 2019, antes da quadra chuvosa é descartada por Henrique Javi. De acordo com o secretário, ao longo do ano, são observadas quais cepas virais circulam no País e, a partir disso, inicia-se o processo de fabricação das vacinas.


“Qualquer iniciativa que a gente faça de tornar isso mais precoce pode se tornar um prejuízo, porque se não se capturar as cepas circulantes nesse período agora, a imunidade não será garantida”, explica o titular da Sesa.


Uma forma de tentar se adiantar a incidência dos casos é democratizar as informações sobre prevenção. “Evitar grandes aglomerados, muita higiene de mãos, porque é justamente através do contato que o vírus se propaga. É muito importante a gente ter essas precauções como o mundo inteiro faz, pra poder tentar evitar. E, obviamente, buscar a vacinação na hora que ela estiver disponível”, sublinha o gestor.

 

CASOS NO CEARÁ


A Sesa confirmou, até 18 de abril, 27 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causados pelo vírus Influenza. Foram dois registros pelo tipo B, um por H3N2 e 24 H1N1t. Quatro mortes foram registradas

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