Quase 75% do território do Ceará permanecia, até o fim de março, com algum nível de seca relativa. É o que revela o mais recente mapa do Monitor de Secas do Nordeste. O estado fechou março, último mês com balanço já consolidado, com 25,48% de seu território sem seca relativa.

Os resultados foram elaborados pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) em conjunto com outros institutos de meteorologia do Nordeste e coordenado pela Agência Nacional das Águas (ANA).

De acordo com a Funceme, o dado ainda é considerado alarmante, porém, quando comparado com a março de 2017, o cenário é melhor, pois o Estado não tinha área livre de seca naquela época.

Além disso, o Ceará não possui área com o nível mais severo da estiagem. A melhora se deve às chuvas de fevereiro e março, mesmo que o último mês tenha havido baixa no registro das precipitações.

De acordo com o supervisor da Unidade de Tempo e Clima da Funceme, Raul Fritz, as chuvas diminuíram os impactos da seca, principalmente na faixa litorânea e no noroeste do Ceará.

No comparativo com o mapa do Monitor de Secas de fevereiro, não houve mudança significativa. Na parte norte do Estado, onde, em algumas áreas, as precipitações foram regulares ao longo de março, os indicadores mostram uma redução de um nível de severidade da seca, além de um aumento na área sem seca. Já a parte centro-sul, as precipitações de março foram irregulares e os indicadores de curto e longo prazo não apontam mudança no cenário de forma geral.