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Moradores reclamam de ação
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Moradores reclamam de ação

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O Conjunto Habitacional Dom Helder Câmara possui 656 apartamentos e cerca de 50 ocupações. Mais de cinco mil pessoas, de acordo com os moradores, vivem no residencial. “São pessoas que estão aí há quatro ou cinco anos e gastaram o pouco dinheiro que tinham para construir. (Os governos) não têm onde colocar as pessoas e ainda impedem a gente de construir?”, questiona o servente de pedreiro, Marcos Barros, 26, morador do local.
 

Ele diz que a Polícia Militar usou gás de pimenta contra a mãe dele, a aposentada Rosa Alice Nunes, 59. “Ela estava com o meu pai, que é cadeirante, dentro de casa e se recusou a sair”. Rosa reforça que a PM retirou o marido, José Gomes dos Santos, à força, da habitação.
 

O vendedor Francisco Ígor Gomes, 25, fazia as vezes de pedreiro na construção de casa, que foi destruída. Ele mexia nos destroços pensando em reconstruir. “Quero ver se alguma coisa se salva”. O motorista Evandro Lima, 32, afirmou que vai exigir do Estado “cada real gasto na casa” que havia construído. Bruno Pires, 28, carregava o filho de 1 ano e nove meses, junto da esposa Janiele Rodrigues, 23, para ir morar com a sogra e três cunhadas.
 

Lino Fonteles, do Núcleo de Habitação e Moradia (Nuham) da Defensoria Pública do Ceará, esteve no local da desocupação. Ele informou que irá solicitar uma reunião amanhã, 19, na Câmara dos Vereadores, para discutir a situação dessas famílias que ficaram desabrigadas.

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