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Moradores protestam após construções irregulares serem destruídas pela PM
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Moradores protestam após construções irregulares serem destruídas pela PM

| CARLITO PAMPLONA | Cerca de dez casas erguidas em áreas comuns de conjunto habitacional foram derrubadas por ordem da Secretaria das Cidades
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Famílias moradoras do Conjunto Habitacional Dom Helder Câmara, no bairro Carlito Pamplona, em Fortaleza, acordaram na manhã de ontem com uma ordem para desocupar casas construídas irregularmente no local. Por volta das 5 horas, segundo os moradores, homens do Batalhão de Choque da Polícia Militar avisaram em, pelo menos, dez habitações em construção, que as pessoas tinham 20 minutos para recolher todos os pertences e se retirar das casas levantadas entre os blocos do residencial. Os policiais cumpriam ordens da Secretaria das Cidades do Estado.

[SAIBAMAIS]
Com a recusa, os PMs, ainda conforme os habitantes, teriam usado balas de borracha e gás de pimenta. Uma criança de seis anos teve ferimentos leves na perna. A Polícia Militar nega a ação. Em protesto, os moradores fizeram barricadas de pneus na avenida Francisco Sá e o trânsito, na manhã de ontem, ficou congestionado.
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O coronel Andrade Mendonça, relações públicas da Polícia Militar, informou que foram dois momentos durante a desapropriação. No primeiro, não houve, segundo ele, nenhum confronto com qualquer morador do local. No segundo momento, em que os ocupantes impediram, em manifestação, o trânsito na avenida Francisco Sá, uma viatura do Batalhão de Choque foi acionada e usou, conforme ele, munição de baixo impacto para desobstruir a via.

Por meio de nota enviada pela assessoria de imprensa, a Secretaria das Cidades, do Governo do Estado, informou que, para realizar a ação de desocupação das áreas comuns do conjunto usou prerrogativa chamada Desforço Possessório — quando o proprietário utiliza seus próprios meios para reaver a posse de sua propriedade. A assessoria informou também que em nenhuma das casas derrubadas havia moradores.

Ainda na nota, a Secretaria das Cidades afirma que, desde o ano passado, recebe, por meio da ouvidoria, diversas denúncias de moradores do Dom Helder Câmara a respeito da ocupação irregular em áreas comuns do residencial. Em novembro de 2017, a pasta realizou uma vistoria no local e comunicou às famílias sobre a irregularidade.

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