Pedalar pelas ruas do Centro de Fortaleza redescobrindo pontos históricos. Essa foi a premissa da primeira edição da Ciclofaixa Cultural, realizada ontem, 15, pela Prefeitura de Fortaleza. A rota cicloviária temática integra o terceiro dia de festas em alusão ao aniversário de 292 anos da Capital.
“Queremos despertar a consciência cultural, além de juntar a possibilidade de pedalar. Muita gente desconhece esses prédios históricos. Com essa ação, conseguimos trazer a população e difundir mais nossa cultura”, ressalta Priscila Medeiros, coordenadora de Patrimônio Histórico da Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secultfor).
[SAIBAMAIS]O passeio teve início às 8h30min, no Passeio Público, a praça mais antiga da Cidade. Ao todo, três quilômetros de percurso. Os espaços visitados foram a Casa do Barão de Camocim, o Cineteatro São Luiz, a Casa de Juvenal Galeno, o Paço Municipal e o Forte de Nossa Senhora da Assunção. Os prédios estavam abertos e eram apresentados pelo turismólogo Paulo Probo, que fez as vezes de guia.
A organização estimou público aproximado de 250 pessoas até as 11 horas da manhã, horário de encerramento da visitação aos pontos.
Priscila afirma que a expectativa é que a Ciclofaixa Cultural passe a ocorrer uma vez por mês. “Vamos analisar a adesão e a reação da população com o passeio. Nossa pretensão é que a Ciclofaixa Cultural aconteça de maneira mensal. Mas ainda precisamos articular com outras entidades”, adianta.
A chuva, um potencial empecilho para a pedalada, não foi problema para os participantes. O comerciante Paulo Café aprovou a iniciativa.
“É bom para descobrir Fortaleza em seus detalhes, sem contar que você pode aliar novas experiências à saúde. Uma excelente oportunidade para interagir, conhecer novas pessoas e queimar calorias”, diverte-se.
A funcionária pública Yelena Cláudia Aguiar conta que aproveitou a folga de domingo para fazer um programa diferente. “Não conhecia a rota cultural do Centro. Na minha avaliação, foi essencial unir o fato de pedalar ao percurso histórico. Pretendo participar mais vezes caso aconteça novamente”, assegura.
Bisneta do Barão de Camocim, a aposentada Olga Maria Miranda considera positivo o convite ao público para conhecer os prédios do Centro. “Mais que a visita, ficamos extremamente agradecidos. É importante que as pessoas conheçam a história e redescubram que Fortaleza tem muito a oferecer”, avalia. Ontem, ela ajudou a receber os visitantes no casarão que pertenceu a sua família e integra, desde 2005, o complexo cultural Vila das Artes.
A estudante Thaís Torres aponta a valorização como fundamental para o passeio. “Há pessoas que relegam a Cidade. Essa atividade valoriza ainda mais o que Fortaleza tem de atrativos, não somente para o turista, mas também para o morador”, finaliza.
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