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Justiça poderá levantar o sigilo da investigação
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Justiça poderá levantar o sigilo da investigação

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O Ministério Público do Ceará (MPCE) solicitou à Justiça o levantamento do sigilo do inquérito que apura indícios de corrupção no 34° Distrito Policial, em Fortaleza. Se o juiz Henrique Granja, da 8ª Vara Criminal, autorizar, o material da investigação se tornará público, como os áudios das interceptações telefônicas em que alguns suspeitos teriam sido flagrados em diálogos que indicam procedimentos ilegais. O promotor de Justiça Nelson Gesteira, do Núcleo de Investigação Criminal (Nuinc), fez o pedido com outros promotores que trabalham na apuração.


Na tarde de ontem, o Ministério Público do Ceará divulgou uma nota lamentando “profundamente o ocorrido com o delegado Romério Almeida”. E reforçou que todas “as ações têm como base os regramentos e diretrizes pautados na Constituição Federal e leis infraconstitucionais”.


Sobre as críticas feitas pela Associação dos Delegados de Polícia Civil do Ceará (Adepol), em relação à divulgação de parte da investigação e ao afastamento do delegado Romério Almeida, titular do 34º Distrito Policial, o MPCE informou que “todas as ações ocorreram com anuência da Justiça. Tanto a interceptação das ligações telefônicas no âmbito da Operação Gênesis, do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), quanto o posterior compartilhamento das informações com o Nuinc para execução da Operação Renault 34”.


De acordo com a nota oficial do MPCE, o afastamento do delegado Romério Almeida das funções, por 60 dias, e a realização de busca e apreensão na residência e no local de trabalho dele foram determinados pelo juiz da 8ª Vara Criminal de Fortaleza, Henrique Granja.


O delegado, segundo o MPCE, é suspeito de participar de um suposto esquema de corrupção envolvendo o advogado Hélio Nogueira e o detento Anderson Rodrigues da Costa, atualmente preso em Caucaia.

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