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Não há fórmula. Muito menos solução rápida. O sistema imunológico, que combate os vírus — como da gripe — que atacam o organismo, precisa estar apto e, para isso, há uma longa jornada. Hábitos, alimentação, atenção.
Médicos podem até indicar posturas diferentes quando o assunto é imunidade x doença, mas são unânimes em afirmar que saúde precisa ser construída.
“Exercícios regulares, alimentação que contenha vitaminas e nutrientes, sono em quantidade necessária. Isso faz parte do bem estar geral e contribui, mas não é só isso. No caso da Influenza (gripe), os órgãos que são agredidos pelo vírus precisam estar bem”, afirma a infectologista Mônica Façanha.
Ela cita que pessoas que possuem uma lesão nasal, por exemplo, apresentam mais facilidade para a invasão do vírus. Pacientes com bronquite ou enfisema pulmonar poderão ter um comprometimento maior do pulmão. “Então, a infecção não estará relacionada ao sistema imune local, mas à agressão”, frisa.
A hidratação, conforme a especialista, é fundamental no processo de defesa do organismo. “Se a pessoa está desidratada, com a mucosa muito seca, as chances dos tecidos serem lesionados é maior. A célula precisa de água”, ressalta.
O também infectologista Keny Colares ressalta que qualquer doença infecciosa tende a ser mais grave e perigosa em pessoas com sistema imunológico mais fraco.
“Para a gripe, é a mesma coisa. Muitas vezes a pessoa fala que está com a defesa baixa e nem é. Existe mais de um tipo de deficiência imunológica. A queda de glóbulos brancos é só uma”, detalha o médico.
Para a médica homeopata Erotilde Honório, a alimentação é decisiva para que o organismo tenha sua fisiologia equilibrada, fazendo com que a imunidade seja eficaz na hora do combate. “Trabalho com o sistema do paciente integrado a partir da alimentação, do sono, da água, do ambiente externo e do nível de estresse”.
Ela destaca que, muitas vezes, há indicação medicamentosa para inúmeras patologias, mas não se analisa o que o paciente come. “Todos os medicamentos têm efeitos colaterais e não vão curar completamente essas patologias”, ressalta. Conforme a especialista, quando o sangue está mais alcalino e menos ácido (condição proporcionada pelo consumo de alimentos naturais) há uma quantidade maior de imunoglobulinas e, portanto, a identificação de elementos estranhos é potencializada.
FORMAS GRAVES DA H1N1
Um fator de risco da gripe se relaciona com a baixa imunidade do organismo. Por isso, crianças, grávidas, idosos e pessoas com doenças crônicas são público-alvo da vacinação na rede
pública.
ORIENTAÇÕES DE ESPECIALISTAS
De acordo com a infectologista Mônica Façanha
> Não há um padrão ideal único de sono, alimentação e exercício físico. A demanda do corpo é individualizada.
> Definir alimentos totalmente benéficos não é fácil, as pesquisas neste segmento são muito imprecisas.
> Não adianta tomar mais vitamina C do que o corpo necessita. O indicado é cerca de 1 grama por dia.
> Atenção com as fórmulas que prometem melhorar a imunidade. Elas podem conter estimulantes temporários de bem estar.
De acordo com o neurologista Cícero
Galli Coimbra
> A vitamina D é um dos pontos fundamentais do sistema imunológico.
> A vitamina, que segundo o médico é na verdade um hormônio, é capaz de produzir substâncias antimicrobianas que combatem vírus, bactérias, fungos e outros agentes patogênicos.
> Níveis adequados de vitamina D impedem que o indivíduo desenvolva a
forma grave da H1N1.
> Para um adulto com 50 kg, o indicado é tomar cerca de 10 mil unidades de vitamina D por dia.
De acordo com a médica homeopata Erotilde Honório
> Alimentação faz a nutrição de todas as células e, naturalmente, equilibra o sistema imunológico.
> Alimentos como leite, massa e açúcar não colaboram para que o organismo tenha capacidade de se defender de microrganismos invasores.
> Própolis é capaz de fazer a defesa do organismo porque é uma
produção feitas pelas abelhas para defender a colmeia de vírus, bactérias e insetos.