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Mortes no trânsito caem pela terceira vez consecutiva em Fortaleza
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Mortes no trânsito caem pela terceira vez consecutiva em Fortaleza

| TRÂNSITO | Registro de 256 mortes em 2017 é o menor em 15 anos, desde os dados começaram a ser sistematizados pelo poder público municipal
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A mortalidade no trânsito de Fortaleza caiu pelo terceiro ano consecutivo, saindo de 316 vítimas fatais em 2015 para 256 no ano passado, configurando uma redução de 18,9%. Faleceram menos ocupantes de carros, menos ciclistas e até menos motociclistas, embora estes continuem sendo os mais vulneráveis. Em comparação a 2016, entretanto, mais pedestres foram mortos por atropelamento; a maioria, idosos.

 

Em coletiva para a imprensa, ontem à tarde, no Paço Municipal, o prefeito Roberto Cláudio (PDT) admitiu que o número de pedestres idosos mortos no trânsito — 47 dos 256 — indica que a gestão deve promover mais acessibilidade às calçadas. No entanto, argumentou que as ações de segurança viária têm de ser focadas em travessias.

 

“Faixa de pedestre plana, elevada ao nível da calçada, amigável ao idoso e com tempo suficiente para a travessia”, citou o prefeito. Segundo ele, conforme for se estabelecendo essa estrutura nos locais mais adensados da Cidade, “mais a gente vai conseguir reduzir mortes”. Por isso, simultaneamente à divulgação das mortes no trânsito em 2017, RC anunciou que, até o fim deste ano, serão construídas 20 faixas elevadas para somar às 35 que já existem. As próximas serão em bairros das regionais I, III e V.

 

Outra política pública que, segundo Dante Rosado, coordenador da Iniciativa Bloomberg para a Segurança Viária em Fortaleza, serve para reduzir a quantidade de pedestres mortos no trânsito, é a redução da velocidade máxima em vias historicamente perigosas da Capital. Pelo levantamento apresentado pela Prefeitura, as avenidas Presidente Castelo Branco (Leste-Oeste) e Osório de Paiva, bem como os bairros Montese, Jóquei e Messejana, continuam configuradas como os locais onde mais acontecem acidentes com vítimas fatais.


Dante ponderou que a redução da velocidade também serve para reduzir mortes de motociclistas e passageiros de moto, que, assim como no balanço de 2016, permanecem como os mais vulneráveis. “Eles não têm nenhuma proteção a não ser capacete e desenvolvem a mesma velocidade que um automóvel. Estão morrendo por causa disso”, analisou.


Dos 256 mortos, 128 (50%) ocupavam motocicletas, 96 (37%) eram pedestres, 19 (7%) eram ciclistas e 14 (5%) ocupavam carros. Fora homens idosos, que foram a maioria dos pedestres atropelados, homens entre 18 e 59 anos foram os motociclistas que mais morreram.


Com o estudo, também se constatou que os fins de semana, especialmente os domingos, são os dias que mais concentram acidentes. Por causa disso, a Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) projeta intensificar a fiscalização da Lei Seca. “A gente tem agora um equipamento chamado etilômetro passivo, que com a simples aproximação ao motorista já nota se há indícios de consumo de álcool”, adiantou Arcelino Lima, superintendente da autarquia.

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