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Manifestantes ocupam prédio da Casa da Mulher Brasileira
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Manifestantes ocupam prédio da Casa da Mulher Brasileira

| FORTALEZA | Atos pelo Dia Internacional da Mulher cobraram funcionamento de equipamento entregue em 2016 pelo Governo Federal
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A Casa da Mulher Brasileira, pronta em 2016 no governo da presidente Dilma Rousseff para atender a mulheres vítimas de violência, nunca chegou a funcionar. Na manhã de ontem, duas passeatas organizadas por movimento sociais e feministas pediam a abertura imediata da residência, projetada para reunir todos os equipamentos de apoio.
 

Em protesto, cerca de 40 delas, da passeata “Paralisação internacional de mulheres #2018”, passaram a noite no prédio, localizado no bairro Couto Fernandes. A manifestação começou no Terminal da Lagoa com cerca de 500 mulheres, de acordo com o movimento. Outra marcha, intitulada “Mulheres nas ruas contra o golpe, pelo fim da violência, contra as reformas e pela democracia”, também em defesa dos direitos da mulher, seguiu em cortejo pelo Centro, desde a praça Clóvis Beviláqua. Segundo a organização, cerca de cinco mil manifestantes exigiam também o funcionamento do equipamento com gritos de “fora Temer”.
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O POVO apurou que há um impasse entre Governo do Estado e Governo Federal sobre um termo de adesão em conjunto que determinará de onde sairá o custeio e a manutenção dos serviços na Casa da Mulher Brasileira. 

 

Estão previstos para operar no local centro de referência, casa de passagem, além de unidades do Ministério Público do Ceará, do Tribunal de Justiça do Estado, da Delegacia da Mulher, da Perícia Forense, do Juizado da Mulher e toda a rede de apoio às vítimas de violência. O POVO apurou ainda que nenhum ofício endereçado ao Governo Federal foi respondido.
 

Suely Silva, 29, tinha o espelho de vênus, símbolo do feminino, pintado de rosa no rosto. Ao segurar a mão de Ashely, filha de sete anos, a dona de casa acredita que ensina e estimula a menina a lutar pela igualdade de gênero. “É como minha mãe fazia comigo”, recorda.

Participando também do ato no Centro, a vereadora Larissa Gaspar (PPL) reclamou da falta de funcionamento da Casa da Mulher Brasileira. “É preciso que façamos essa denúncia e essa cobrança porque é um equipamento fundamental para assegurar os direitos e uma vida sem violência para
as mulheres”. 


Procurada, a assessoria de imprensa da regional Nordeste da Presidência da República não respondeu até o fechamento desta matéria.
(colaborou Alexia Vieira) 

 

CASA DA MULHER 


Prédio, construído no bairro Couto Fernandes, deve funcionar como centro de referência e casa de passagem, além de receber unidades de Ministério Público do Ceará, Tribunal de Justiça do Estado, Delegacia da Mulher, Perícia Forense, Juizado da Mulher e Núcleo de Autonomia Econômica, entre outros. 

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