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Estudantes simulam deficiência para refletir sobre acessibilidade
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Estudantes simulam deficiência para refletir sobre acessibilidade

| AULA | A atividade foi realizada com alunos de Psicologia com objetivo de gerar empatia, sensibilidade e solidariedade
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Vendados para simular deficiência visual ou sentados em cadeiras de rodas, alunos do curso de Psicologia da DeVry UniFanor se deslocaram pelas dependências da universidade fazendo tarefas e trajetos do cotidiano dos estudantes na manhã de ontem, 14. A experiência fez parte do plano de aula da disciplina Psicologia e Necessidades Especiais e teve o objetivo de conscientizar os alunos sobre a importância de os locais possuírem estrutura acessível para pessoas com limitações físicas.


“O propósito é apresentar a realidade que pessoas com deficiências vivem diariamente e tentar deixar os estudantes o mais próximo possível de dificuldades encontradas e fazer eles perceberem a importância da acessibilidade”, explica a professora Yuska Garcia. A profissional, que ministra a disciplina anualmente, se debruça sobre o conceito de acessibilidade plena para justificar esta atividade. Este princípio prima não só pelo aspecto físico, mas se preocupa também com a sensibilidade e o emocional.

 

Por isso, de acordo com Yuska, alunos foram convidados a simular limitações motoras e visuais, para tentar entender e criar empatia com as pessoas com deficiência. Eles foram orientados a utilizar o banheiro, descer rampas, ir à biblioteca, à praça de alimentação e a entrar na faculdade.


As estudantes Amanda Nagylla e Antonieta Matos foram de cadeira de rodas ao banheiro e afirmaram ter encontrado dificuldades na utilização do espaço. “Mesmo que a universidade tenha preparação e uma boa estrutura, foi muito complicado entrar no banheiro. A porta é muito estreita e o espaço não é muito confortável para estar de cadeira de rodas. As pessoas também não respeitam o único banheiro para deficientes que tem e acabam usando”, comenta Antonieta.


Relatando cansaço físico por fazer força na cadeira de rodas ou esbarrando em obstáculos enquanto vendados, a professora Yuska Garcia avaliou que os universitários encerroaram a atividade com um senso maior de empatia e sensibilidade. “Faz o meu trabalho valer a pena”, exclama.

 

ALUNA


“Foi uma experiência muito rica, é importante todo mundo saber os problemas de acessibilidade”, diz Larissa Gomes

 

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