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Quatro pessoas morrem após maior chuva em 18 anos no Rio
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Quatro pessoas morrem após maior chuva em 18 anos no Rio

| 123,6 MILÍMETROS EM UMA HORA | Zonas norte e oeste foram as mais afetadas. Trecho da ciclovia Tim Maia desabou
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A prefeitura do Rio de Janeiro informou que a cidade teve recorde de chuva de 18 anos entre meia-noite e 1 hora de ontem. Foram registrados 123,6 milímetros (mm) de água na estação Barra/Riocentro, na zona oeste — o maior volume em apenas uma hora desde março de 2000 quando foram registrados 116,2 mm, em Campo Grande, na mesma região. Os dados são do Alerta Rio, sistema municipal que sinaliza quando há chuvas intensas e risco de deslizamento de encostas.
 

Os bairros mais afetados ficam nas zonas norte e oeste do Rio. Quatro pessoas morreram nessas regiões, em Realengo, Quintino e Cascadura.
Um menino de 12 anos faleceu devido ao desabamento de uma casa em Cascadura, na zona norte. O garoto, conforme o Corpo de Bombeiros, foi levado ao Hospital Estadual Carlos Chagas, mas não resistiu aos ferimentos. 

 

Além dele, um homem de 54 anos e uma mulher de 62 anos também morreram em um desabamento de casa, no bairro de Quintino, na zona norte. Um policial militar de 48 anos morreu em Realengo, quando uma árvore caiu sobre o carro em que estava.
 

Em Jacarepaguá, na Barra e na Piedade, no período entre 17 horas de quarta-feira, 14, e 2 horas de ontem, chegou-se a mais do que deveria chover em todo o mês. Na cidade, a média alcançou 75% do esperado para todo o mês de fevereiro.

Um trecho da ciclovia Tim Maia, entre São Conrado e Barra da Tijuca, na zona sul, desabou em consequência das fortes chuvas. Não há informações sobre vítimas. Em 2016, uma ressaca derrubou outro trecho da mesma ciclovia, matando duas pessoas.

Ventos fortes, de até 95 km/h, derrubaram árvores em mais de 60 ruas. A Defesa Civil do município registrou 345 ocorrências. Faltou luz em parte da capital fluminense e e foram registrados engarrafamentos nas principais vias expressas. Ainda em consequência da chuva e dos fortes ventos, um dirigível caiu sobre a via férrea e interrompeu o tráfego de trens no ramal de Santa Cruz. Seis hospitais foram invadidos pela água.
O prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), que está na Europa, escreveu em sua página no Facebook que “está acompanhando a situação”. (das agências) 

 

PROBLEMAS NO RIO
 

PREFEITO
 

O prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), lamentou as mortes em nota. No Facebook, publicou vídeo dizendo que está em Linköping, no sul da Suécia, "em busca de tecnologias que possam fazer parte do sistema de segurança da Cidade do Rio de Janeiro".

DESABRIGADOS
 

Moradores tiveram casas danificadas também no Complexo do Alemão e no Morro da Serrinha, na zona norte. Eles se deslocaram para casas de parentes. Números não foram especificados.

TEMPORAL
 

Além da chuva, ventos de até 95km/h provocaram quedas de árvores e painéis de publicidade. 

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