Dos 184 municípios cearenses, apenas Sobral e Pires Ferreira estão com níveis de aprendizagem considerados “adequados” —os mais altos da escala de avaliação — em Língua Portuguesa no 9º ano da rede pública de ensino. Do restante, 130 estão “intermediários” e 52 “críticos”.
O aprendizado da disciplina melhora no 5º ano, série escolar em que 100 municípios estão com níveis “intermediários” e 84 “adequados”. Nenhum, de acordo com o Governo, em situação crítica.
Os níveis de proficiência têm registrado crescimento desde que o Estado passou a monitorar os resultados do Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica (Spaece) no 5º e no 9º anos, o que só ocorreu depois que o Programa Alfabetização na Idade Certa (Paic) se consolidou como política pública de referência no Brasil.
Para melhorar os índices de Língua Portuguesa, o Estado teve de investir em estratégias semelhantes às aplicadas no ensino de Matemática. Contudo, de forma menos intensificada, o que deve mudar ao longo deste ano.
“Em Português, tivemos um acréscimo de 20%” na carga horária de professores, segundo Márcio Brito, coordenador de Cooperação com os Municípios da Secretaria da Educação do Ceará (Seduc).
Para o presidente da Associação dos Municípios do Ceará (Aprece), Gadyel Gonçalves, o momento, agora, é de fortalecimento da parceria com o Estado. “Somos modelo na educação do País. O Ceará é diferencial”, elogiou. (Luana Severo)