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No lançamento da Campanha da Fraternidade, pastorais cobram apoio
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No lançamento da Campanha da Fraternidade, pastorais cobram apoio

| CATÓLICOS | No evento estadual sobre a campanha, lideranças da Igreja ressaltam necessidade de refletir sobre formas de violência. Pastorais sociais reclamam que falta suporte
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Em um cenário nacional e local de agravamento da criminalidade, para além da violência traduzida no altos índices de homicídios, é preciso colocar em pauta a violência simbólica. A partir da perspectiva de lideranças da Arquidiocese de Fortaleza, o preconceito e o estigma social, bem como a falta de políticas públicas e de incentivo ao trabalho das pastorais são entraves para uma efetiva superação da violência.
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Este ano, a questão será alvo de ações da Campanha da Fraternidade. Com tema “Fraternidade e Superação da Violência”, a campanha foi lançada em nível estadual na manhã de ontem, no Centro de Pastoral Maria, Mãe da Igreja.
 

Uma visão violenta sobre a vida, de acordo com dom José Antônio Aparecido Tozzi Marques, arcebispo de Fortaleza, é um tipo de comportamento que prejudica a sociedade.
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“Somos muitos cristãos de nome, mas não de fato. Quando nossas convicções não são cristãs, quando nossa experiência é violenta, como a questão da pena de morte, de ‘bandido é na cadeia mesmo’. Todo esse modo humano de falar está presente e se manifesta em todos os níveis na vida da sociedade”, analisa.
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De acordo com o arcebispo de Fortaleza, a Campanha da Fraternidade nasce com uma proposta “conversão e nova fé”. “A gente espera que comece a partir daqueles que têm fé cristã e acolhem a orientação do papa, possam ser movidos para uma nova atitude. Começa no dia a dia, o próprio papa fala disso, em pequenas ações”.
 

A atuação da Igreja de forma efetiva no enfrentamento à violência, de acordo com coordenadores de pastorais, demanda maior apoio às pastorais.
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“Infelizmente, dentro da Igreja institucional, dioceses e paróquias, não tem ainda o apoio que deveria ter. As paróquias estão muito preocupadas com organização interna da paróquia, liturgia, sacramento, catequese e dízimo, mas têm pouco cuidado e pouca atenção para dar mais força e ânimo a essas pastorais sociais que convivem com os problemas do nosso povo”, considera o padre Marcos Passerini, coordenador da Pastoral Carcerária.

De acordo com ele, apesar das “limitações e do número ainda insuficiente de voluntários”, as pastorais tentam atuar nas comunidades no intuito de diminuir a violência.


Para o padre Lino Allegri, coordenador da Pastoral do Povo da Rua, há um “descaso”. “A nível de instituição falta um pouco de interesse em fortalecer as pastorais sociais”, diz.

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