O movimento Renasce, grupo crítico às políticas do Governo do Estado, realizou ato reivindicando ações emergenciais para frear o aumento da insegurança na Capital. Eles fizeram performance no Aterro da Praia de Iracema, na tarde de ontem, com pessoas simulando vítimas de homicídios no Ceará.
“Não poderíamos nos omitir. É um absurdo que não parou. Já tivemos outra chacina desde a das Cajazeiras, mais pessoas morrendo, está uma coisa sem condições”, atacou Mariana Posses, integrante do Renasce.
Segundo ela, o Aterro foi escolhido por ser um local onde há grande fluxo de pessoas no fim da tarde e pelo significado que traz ao turismo da Cidade. “As pessoas estão em pânico, se vive com medo em Fortaleza, isso não é certo. Pagamos nossos impostos para obter segurança”.
E completou: “Tem de parar com isso de que só acontece com a periferia. Acontece em todos os lugares. As facções brigam nos presídios e se matam. Se não conseguem tomar conta de pessoas presas, como vão tomar conta da população?”.
O estudante universitário Joel Lima Rocha, 22, parou e acompanhou o ato.
“Ontem (quarta-feira, 31), por exemplo, eu ia para academia e surgiu o boato de que haveria uma briga de facções no Conjunto Esperança. Resolvi ficar em casa. Sair agora é um risco. Não sabemos mais o que é ou não boato. Tudo está banalizado, falam de assassinato como se fosse a coisa mais normal”, lamentou.
NOVA VARA
Três juízes decidirão e assinarão de forma conjunta as decisões da Vara de Delitos de Organizações Criminosas