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Delegado descarta relação entre as duas chacinas
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Delegado descarta relação entre as duas chacinas

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André Firmino, titular da Delegacia de Itapajé, descartou, ontem, relação entre a chacina na cadeia pública da cidade do interior e o massacre em festa no bairro Cajazeiras, na Capital. Ele rejeitou a tese de que a segunda tragédia tenha sido motivada por vingança entre facções rivais após a matança em Fortaleza.

Dez detentos foram assassinados a tiros por outros internos, na última segunda, 29. Em quatro dias, o delegado afirma que ouviu 28 pessoas. 

Segundo André Firmino, uma adolescente, de idade não revelada, seria responsável por levar as armas — dois revólveres e cerca de 40 cápsulas — à unidade. Ela teria levado o “pacote” à Cadeia Pública na noite de domingo, aproveitando momento em que o único agente penitenciário trabalhando no local foi à sala de descanso, e entregou as armas “em mãos a um detento”. “Era um preso que tinha trânsito livre, ele ficava no ambiente de entrada e na cozinha, trabalhando para remir a pena, como prevê a Lei de Execução Penal”.  

A chacina aconteceu durante o banho de sol. O delegado conta ter ouvido os disparos; chegando à cadeia, os presos ainda estavam em conflito. “Colocamos os internos nas celas, isolamos o local e socorremos os feridos”.  

Havia 84 presos na Cadeia Pública de Itapajé, onde deveriam estar 40, no máximo. “Foi um conflito interno. E não houve envolvimento de agente públicos”. Após o crime, 46 presos foram transferidos para unidades prisionais na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Há 23 pessoas na cadeia.  

Oito detentos foram indiciados pela chacina. A adolescente que teria levado as  armas foi ouvida e liberada. Segundo o delegado, ela deve responder a ato infracional.

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