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Pacto projeta mudanças com Distrito de Inovação em Saúde
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Pacto projeta mudanças com Distrito de Inovação em Saúde

| PORANGABUÇU | Iniciativa será implantada com investimentos em tecnologia e empreendedorismo para transformar o atendimento
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A segunda maior indústria do mundo é a da saúde. Atrás apenas da fabricação de armamento, o segmento está diretamente ligado a aspectos da sociedade que a maioria das pessoas nem imagina: emprego, moradia, educação, comércio. É com essa perspectiva que, a partir da próxima semana, cinco bairros da região do Porangabuçu, em Fortaleza, começarão a fazer parte de um projeto ousado. 


A assinatura de um pacto, no dia 30, dará início à aliança entre governos estadual e municipal, Universidade Federal do Ceará (UFC) e iniciativa privada para a criação do primeiro Distrito de Inovação em Saúde do País. O objetivo é transformar, em 15 anos, os bairros Rodolfo Teófilo, Amadeu Furtado, Damas, Benfica e Jardim América. Em termos econômicos, sociais, educacionais e de infraestrutura. E, principalmente, na prestação de serviço em saúde. 


“Os serviços nessa área são do interesse de todos os indivíduos, independente do tipo de renda. Não há estimativas relativas à participação do setor de saúde dentro do PIB (Produto Interno Bruto) estadual. No entanto, supõe-se que é relevante, quando se leva em conta as atividades ligadas direta e indiretamente ao setor”, analisa Jair do Amaral, economista e professor da UFC. Conforme ele, o Porangabuçu reúne, há muitos anos, intensas interações técnicas e científicas que proporcionam trocas de informações e conhecimentos entre os profissionais que ali trabalham.
 

Foi essa densa estrutura acadêmica e de assistência, que agrega nove unidades de saúde, que motivou o surgimento do projeto. O centro é o novo hospital do Instituto de Ciências Médicas Paulo Marcelo Martins Rodrigues (ICM). O modelo de gestão deverá ter impacto direto na vida de quem mora, trabalha ou recebe atendimento na área.
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“Estamos propondo localizar em um distrito uma modelagem de atenção à saúde que vai desenvolver ações que facilitem o processo de atendimento”, destaca o médico e presidente do ICM, Carlos Roberto Martins Sobrinho. Conforme ele, a tecnologia e a produção de conhecimento serão priorizadas e, consequentemente, se tornarão alvo de investimento, com parcerias com empresas como Amazon, Siemens e Philips.
 

O colaborador do projeto, responsável pela área de negócios, Cláudio Frota, explica ainda que o foco inicial é promover a reurbanização da área, investindo em infraestrutura. A partir daí, atrair mais investimentos, que possam transformar a região em polo de oferta e demanda de serviços. Junto a todo esse cenário de investimento, capacitar quem já atua na região. “Você não consegue fazer inovação sem a participação da população. Estamos propondo a formação de uma rede de conhecimento”, destaca.
 

O POVO solicitou mais informações à Prefeitura de Fortaleza e ao Governo do Estado. A demanda, entretanto, não foi respondida até o fechamento desta edição. (Sara Oliveira) 

 

 

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