| ARBOVIROSES |
Fortaleza viu aumentar em 222,4% o índice de casos confirmados de chikungunya em 2017, no comparativo com 2016, conforme o balanço de ações desenvolvidas contra arboviroses divulgado ontem pela Prefeitura. A gestão municipal também apresentou o plano para 2018.
Dos registros de arboviroses no ano passado, a chikungunya representa 80,6%, com 56.788, enquanto em 2016 foram 17.590. Os números de dengue e zika em 2017 foram, respectivamente, de 13.439 (19,06%) e 260 confirmações (0,36%).
Das 128 mortes provocadas pela doença em 2017, 85,9% foram entre idosos. No cenário de casos confirmados, a incidência maior foi entre adultos de 20 a 59 anos (67%), seguida por pessoas acima de 60 anos (16,3%), de 10 a 19 anos (11,7%) e crianças de 0 a 9 anos (5%).
Segundo a titular da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Joana Maciel, o resultado comprova a capacidade de infecção da chikunginya. "Realmente, é uma doença que tem uma taxa de infecção muito alta. Enquanto (com) dengue o paciente afetado desenvolve sintomas em 30% (dos casos), na chikungunya chega até a 90%. Por isso a apresentação da doença é muito mais frequente".
As ações realizadas em 2017 se concentraram em quatro eixos: combate ao vetor (Aedes aegypti), pesquisa, manejo clínico e rede assistencial/educação.
"A chikungunya é doença nova para nossa comunidade científica. A gente já vem lidando com dengue há mais de 30 anos, a chikungunya chegou recentemente. Capacitamos mais três mil profissionais durante o ano passado", conclui Joana.