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469 novos casos de hanseníase diagnosticados em 2017 no Ceará
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469 novos casos de hanseníase diagnosticados em 2017 no Ceará

Prevenção, diagnóstico e tratamento correto, inclusive para quem teve contato com o infectado, são as melhores formas de combate
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Nos últimos sete anos, apesar da redução no número de infectados, crianças e adolescentes de até 15 anos não registraram queda no contágio da hanseníase na mesma proporção dos adultos. Em algumas faixas etárias, como até os cinco anos, os casos chegaram a aumentar em cerca de 7%. Os dados foram repassados durante treinamento da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para agentes de saúde. Ontem, 28, foi celebrado o Dia Mundial de Combate à Hanseníase.

 

“Isso significa que a população está se preocupando e fazendo o diagnóstico precoce da doença, principalmente o exame de contato. É necessário realizar o exame em todas as pessoas que convivem com o doente”, informa a enfermeira Natália Farias, assessora técnica da hanseníase na SMS. Desde 2010, 4.953 novos casos de hanseníase foram detectados somente em Fortaleza. Apesar do número alto, a quantidade de doentes vem diminuindo. No ano passado, 469 pessoas foram diagnosticadas com a doença. Há sete anos, essa quantidade foi de 727.

 

O treinamento foi direcionado para os agentes de saúde da Regional I. Ao longo de todo o ano de 2017, 1.500 profissionais da saúde de Fortaleza foram capacitados para detectar sinais da doença e alertar sobre a necessidade de realizar exame e tratamento. Até o fim de janeiro, 200 profissionais da área receberão treinamento para orientar as famílias, principalmente da necessidade de realização de tratamento precoce.

A enfermeira Juelita Gomes, técnica da Coordenação de Vigilância da SMS, também destaca a importância do exame de contato para o controle do avanço da doença. “É necessário realizar o teste em todas as pessoas que mantiveram aproximação com o doente, porque não adianta nada se o agente causador continuar circulando. 72 horas a partir do início do tratamento, o infectado não transmite mais a doença”, orienta. Um dos principais entraves para o diagnóstico é o preconceito.

Por ser uma enfermidade milenar e cercada de preconceitos, muitos nem chegam a realizar o exame que detecta o bacilo-de-hansen, responsável pela doença. Natália Farias alerta que o diagnóstico e o tratamento para combater a doença podem ser feitos inclusive em pacientes grávidas, com uma medicação específica que não prejudica o feto. O treinamento com os agentes de saúde deve passar por todos os 110 postos de saúde de Fortaleza.

 

O principal agravante da hanseníase, ainda segundo Farias, é a incapacitação que ela provoca se não for tratada rapidamente. A hanseníase é transmitida por meio de secreções nasais, tosse e espirro. O tratamento está disponível em todos os postos de saúde da Capital de forma gratuita.

 

No Ceará, o percentual de cura é alto, de 87%. O número pode ser ainda maior se a doença for detectada no início.

 

FIQUE ATENTO

 

SINTOMAS DA HANSENÍASE
> Manchas esbranquiçadas ou avermelhadas pelo corpo
> Pele seca e com falta de suor
> Área da pele com perda de sensibilidade
> Sensação de formigamento na pele
> Diminuição da força nos músculo

 

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