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PCC além-fronteiras
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PCC além-fronteiras

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A série de reportagens publicada nos últimos dois dias no O POVO, sobre o mapa do crime brasileiro no exterior e o avanço do PCC no Paraguai, é complementada na edição de hoje com matéria na página 3 e entrevista na página 8. O que está dito no todo, em resumo: a facção nascida em São Paulo não é mais apenas brasileira. Pulou a linha da fronteira — que é mesmo somente imaginária — e avança com força e pressa para a vizinhança da América do Sul.


Quando Gegê do Mangue (Rogério Jeremias de Simone) e Paca (Fabiano Alves de Souza) foram mortos no Ceará em fevereiro deste ano dentro da aldeia dos índios jenipapo-kanindés, não eram os dois apenas chefes da facção se divertindo em mansões da Região Metropolitana de Fortaleza — que tinham vizinhos magistrados ou empresários ou políticos no mesmo condomínio de luxo. Eles cuidavam de negócios importantes. O Ceará bem ao lado de um porto da África, um voo mais rápido para a Europa. Paca fora chefe do PCC no Paraguai, Gegê cuidava da Bolívia. Morreram acusados de traidores.


Reis mortos, reis postos. Outros “irmãos” da Sintonia Fina, da Sintonia dos Estados e Países ou Sintonia da Disciplina no organograma do crime já estão nos respectivos comandos internos da facção. “O PCC já é a maior organização criminosa da América do Sul”, descreve o promotor de justiça Lincoln Gakyia, de São Paulo. Mais de 30 mil batizados no Brasil, mais de 500 integrantes entre Paraguai, Bolívia, Peru, Colômbia e Venezuela. A situação é preocupante. Não à toa, agrava o cenário aqui nas ruas da Capital também.

 

GEGÊ E PACA


Não eram os dois apenas chefes da facção se divertindo em mansões da Região Metropolitana de Fortaleza. Paca fora chefe do PCC no Paraguai, Gegê cuidava da Bolívia. Morreram acusados como traidores.

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