Um mundo inteiro acostumado a más notícias e histórias com finais frustrantes descobriu, nos últimos dias, uma Tailândia forte, resiliente. Um mundo que naturalizou o egoísmo resgatou, em uma caverna tailandesa, a crença na solidariedade e a disposição em se mobilizar por algumas vidas. Treze vidas. E, ontem, foi impossível não celebrar o final feliz dessa história de esperança — especialmente na humanidade.
Devagar, no ritmo demandado por uma operação tão arriscada quanto inédita, os 12 meninos e o técnico do time Javalis Selvagens foram retirados da caverna onde ficaram presos por 18 dias após as chuvas e o acúmulo de água nas passagens subterrâneas. A dedicação, a vontade e a competência de dezenas de profissionais e voluntários de diversos países — e contra todas as previsões pessimistas — nos fizeram questionar o que é realmente impossível.
Em poucos dias, aprenderam a nadar e, pacientemente, devagar, superaram o subterrâneo de uma cidade pouco conhecida do norte do País. Um após o outro voltaram. Ensinaram ao mundo sobre sobrevivência. Estão cheios de histórias pra contar e — mais importante — pra viver. A reportagem do O POVO de hoje, assinada pelos jornalistas Eduarda Talicy e Rômulo Costa nas páginas 6 e 7, detalha o resgate e dialoga sobre as mobilizações — de ações e de sentimentos/energias — que a Tailândia provocou no mundo.
RESGATE
A dedicação, a vontade e a competência de dezenas de profissionais e voluntários de diversos países e contra todas as previsões pessimistas nos fizeram questionar o que é realmente impossível.
Por Mariana Lazari