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Ciro no ataque, Camilo na defesa e Eunício calado
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Ciro no ataque, Camilo na defesa e Eunício calado

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Aquela aliança de tamanho gigantesco que o governador Camilo Santana (PT) tem buscado construir cuidadosamente para seu palanque em 2018, calando-se quando pode e fugindo de polêmicas quando deve, balança com algum vigor desde a noite da última quinta-feira. A nova (e forte) investida de Ciro Gomes contra o senador Eunício Oliveira tem vigor suficiente para abrir uma ferida de cicatrização difícil até que as convenções aconteçam e as candidaturas se tornem oficiais. Não é o primeiro ataque, mas, sem dúvida, foi o mais direto e incisivo.


O PDT, finalmente, expõe de maneira mais aberta seu incômodo com as tratativas com o emedebista, derrotado na campanha de 2014 pelo Governo do Estado. Ciro reafirmou isso ao seu estilo, sem meias palavras, enquanto outra voz partidária, o deputado federal André Figueiredo, dava ontem tom mais institucional à queixa, referindo-se à falta de consultas prévias de Camilo e coisa do tipo.


O certo é que o governador, às voltas também com correligionários que cobram dele um apoio mais enfático ao projeto presidencial petista, com Lula ou sem ele, precisará exercitar como nunca seu talento conciliador para garantir o apoio de correntes políticas que, no barulho ou no silêncio, apresentam dificuldades reais de dividir espaço no mesmo palanque. Quanto à oposição, assiste a todo o movimento animada e esperando que a crise se acentue, claro, porque a ela resta se abraçar a toda oportunidade que surja de reverter um quadro que permanece sendo de grandes dificuldades.

 

Queixas de um aliado


O PDT, finalmente, expõe de maneira mais aberta seu incômodo com as tratativas de Camilo com o emedebista, derrotado na campanha de 2014 pelo Governo do Estado.

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