Sinceramente,existirá forma eficaz de enfrentar as facções criminosas no Ceará se não pelo investimento pesado em segurança social nas áreas vulneráveis da periferia de Fortaleza e na Região Metropolitana?
Parece uma obviedade! Mas fazer o quê?Quem passou a dar as cartas no espaço público,principalmente no cotidiano dos bairros fora da Aldeota e nos assentamentos precários, foram os negociadores do tráfico de drogas. E com um agravante:de 2015 para cá, só engrossaram os exércitos miseráveis de kamikazes e ainda ganharam "quartéis" em forma de penitenciárias exclusivas.
A Secretaria da Segurança, no que se propõe com as duas polícias e com a vocação bélica, faz o que tem de fazer. Corre atrás do crime, às vezes se antecipa e se esforça para investigar o pós-crime. Porém, sem a cobertura estratégia do braço da segurança social e com um Judiciário burocrático, roda atrás do próprio rabo.
Daqui a pouco, a barbárie dos ataques cessa. Daqui a pouco, provavelmente, se noticiará uma outra chacina ou mais uma série de atentados contra ônibus, prédios públicos e delegacias.E assim se vai, sem sair do canto.
Construir um Centro de Inteligência e um presídio de segurança máxima são caminhos para amenizar a parada. Isolar lideranças, não colocar tomadas para carregadores de celulares... Mas irá se desatar o nó do destroço na essência? Sem priorização da segurança social?
Prisões
Dez pessoas teriam sido presas pelas polícias do Ceará por suspeita de participação nos atentados em Fortaleza e na Região Metropolitana.Três foram flagrados e isoladas para depoimentos.