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A maioridade de um jejum e o passar dos anos
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A maioridade de um jejum e o passar dos anos

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A eliminação de ontem diante da Bélgica obrigatoriamente fará o Brasil ultrapassar a maioridade de um jejum de títulos mundiais. Desde que Cafu ergueu a Copa do Mundo no Japão em 2002 até a seleção ter uma nova chance de, no Qatar, repetir o gesto daqui a quatro anos, serão duas décadas à espera do hexa.


Para uma geração de nascidos nos anos 1980 — a minha, no caso — o intervalo sem títulos até causa um estranhamento. Quem é dessa época tem na memória Romário e Bebeto com o tetra de 1994 e Ronaldo e Rivaldo conquistarem o penta. Nesse intervalo, ainda houve um vice-campeonato na França. Uma geração que, de certa forma, até esquece o peso que havia até 1994, com os 24 anos de jejum desde o tricampeonato no México, em 1970.


Mas o susto maior se dá ao notarmos que quem nasceu neste século não viu ou não lembra de nenhum título brasileiro em Copa. E que, talvez, não faça ideia do que isso pode significar. Caso fracasse no Qatar, a seleção brasileira ficará pela 5ª Copa consecutiva só na vontade e igualará os 24 anos sem títulos.


Ao contrário de 2014, quando o 7 a 1 gritava na nossa autoestima, ainda é difícil avaliar quais as cicatrizes o time de 2022 e a “geração Neymar” terão de enfrentar. O peso dos anos sem um título mundial certamente será uma delas.

 

5 COPAS

Se não vencer a Copa do Qatar, o Brasil chegará à marca de cinco mundiais seguidos sem títulos. Isso ocorreu apenas duas vezes com a seleção brasileira: entre 1930-1954 e 1974-1990.
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