O PSDB lança hoje General Theophilo como pré-candidato ao Governo do Estado. Com alguma demora, o partido tenta recuperar parcela do tempo desperdiçada à espera de que o MDB do senador Eunício Oliveira se decidisse entre o lado governista ou a oposição ao governador Camilo Santana (PT) – o presidente do Senado preferiu bandear-se para o “camilismo”, de onde pretende pavimentar a estrada até a reeleição. É do jogo. Atrás na corrida, os tucanos têm pela frente o desafio de apresentar o militar como um nome viável, tornando-o conhecido dos cearenses, e competitivo, descolando-o desse gênero de candidato monotemático. Até agora, sempre que interpelado, Theophilo tem preferido falar sobre temas relacionados à segurança pública. Natural para alguém cuja vida é atravessada pela tradição militar, mas muito pouco para um postulante ao cargo mais importante do Executivo estadual. Pela frente, o pré-candidato precisa ampliar sua artilharia, abrangendo os gargalos da administração pública: crise hídrica, investimentos, Previdência etc. Mais que isso: é importante que saia da sombra do senador Tasso Jereissati. Se quiser ter alguma sobrevida na política, ao menos. Do contrário, será visto como mero joguete de ocasião, um nome que cumpre função emergencial numa disputa marcada por desistências no campo da oposição na briga pelo Palácio Iracema: primeiro, do Capitão Wagner, que vai concorrer a uma vaga de deputado federal. Depois, do próprio Tasso. 

O QUE PENSA O GENERAL
 

Até agora, sempre que interpelado, Genera Theophilo tem preferido falar sobre temas relacionados à segurança pública

HENRIQUE ARAÚJO
EDITOR DO O POVO
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