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A bomba dos combustíveis estourou
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A bomba dos combustíveis estourou

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Tipo Notícia

O Governo deixou seguir a volatilidade do mercado internacional. As consequências foram aumentos no preço dos combustíveis. Do início da nova política de Petrobras, em julho de 2017, até 5 de maio deste ano foram 16% de alta no valor médio da gasolina no Ceará. Fica acima da inflação do período, que não chega a 3%. Se considerado o valor do litro hoje, R$ 4,89, o crescimento foi de 29,36%. O diesel já acumula elevação de 8% no. E foi aí que a bomba estourou. O principal modal do País parou as estradas. A perspectiva é faltar gasolina nos postos do Ceará, pois já falta no Brasil, e também alimentos. É um ciclo que chega ao preço dos produtos e pressiona a inflação. 


No âmbito político, aliados do presidente Michel Temer (MDB) trabalham para solucionar o problema. É uma resposta ao ano de eleição. Para eles, é preciso fazer algo, mesmo perdendo parte da arrecadação. Até porque a Petrobras se recusa a mudar sua política de controle. Guardia (Fazenda) até resistiu, porque a crise nas contas públicas não dá espaço para corte de tributos. O fato é que a Petrobras é empresa de capital misto, tendo o Governo como acionista majoritário, mas o conselho da companhia tem autonomia para definir preços. 

 

Por um lado, uma certa mão governamental seria bom, mas não como era no governo Dilma Rousseff (PT). Isso porque o controle excessivo, à época, gerou prejuízos à Petrobras e represou uma inflação que estourou no bolso do brasileiro.

 

O FUTURO DA ATUAL CRISE
 

A perspectiva é faltar gasolina nos postos do Ceará, pois já falta no Brasil, e também alimentos. É um ciclo que chega ao preço dos produtos e pressiona a inflação 

 

BEATRIZ CAVALCANTE
EDITORA DE ECONOMIA
beatrizcavalcante@opovo.com.br

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