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Mais um impasse para a transposição do rio São Francisco
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Mais um impasse para a transposição do rio São Francisco

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Tipo Notícia


Era julho de 2017, quando o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), comunicava a retomada das obras de transposição das águas do rio São Francisco. Após sequência de investimentos em medidas paliativas e meses de impasse judicial, enfatizava-se a urgência da obra federal para a segurança hídrica do Estado. Os trabalhos passariam, então, a ocorrer ininterruptamente, 24 horas por dia, inclusive nos feriados, para garantir a chegada das águas ainda em janeiro deste ano. Estamos em abril de 2018, as obras estão quase completamente interrompidas. Alegando não ter condições financeiras para concluir a obra, o Consórcio Emsa, responsável pelo Eixo Norte, desistiu do projeto. O novo impasse gera ainda mais prejuízo social e econômico. 

 

Amargando seis anos consecutivos de seca e sem perspectiva do tempo que o Governo Federal levará para resolver o trâmite burocrático, o Ceará volta a se amparar novamente na esperança por chuvas. O ministro da Integração Nacional, Pádua Andrade, afirma que o problema não deverá atrasar a obra. 

 

Ela já está fora de prazo. As consequências de tanta espera já assombram a Região Metropolitana, não estão restritas ao Sertão. Num momento em que os políticos se debruçam sobre as eleições, parlamentares e gestores têm de entender que essa é uma demanda crucial. A demanda por água vai além do que chega às nossas torneiras, move a indústria, gera emprego e impulsiona o desenvolvimento. É preciso superar o discurso, o atraso e fazer com que as águas, enfim, cheguem ao Castanhão. 

 

ALÉM DO DISCURSO

Num momento em que os políticos se debruçam sobre as eleições, parlamentares e gestores têm de entender que essa é uma demanda crucial   

 

LUCINTHYA GOMES
EDITORA DE POLÍTICA
lucinthya@opovo.com.br 

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