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O que virá depois do tiro inicial no combate à insegurança no Rio?
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O que virá depois do tiro inicial no combate à insegurança no Rio?

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O caminho pelo qual optou trilhar o presidente Michel Temer para encarar a crise da insegurança pública no Rio de Janeiro até pode expor uma saída possível para o quadro grave, da qual não se tinha lançado mão até agora. Ao mesmo tempo, deve ser motivo de preocupações quanto às perspectivas futuras, considerando que o fracasso da experiência nos colocará, como sociedade, muito próximos de um limite perigoso. Cabe perguntar: existe outra alternativa de solução na eventualidade, bastante factível, de fracasso da experiência inédita de intervir com forças federais na segurança do estado?


É perturbador que não se tenha uma resposta pronta, o que confirma que estamos nos lançando numa daquelas típicas aventuras no escuro. É bastante possível que os dias iniciais do novo modelo gerem uma situação imediata positiva, com efeitos de queda até abrupta nos números de guerra que o Rio apresenta quando se lança a contar as vítimas de sua violência cotidiana, mas seria um erro imperdoável confundir isso com a superação definitiva dos problemas que trouxeram ao drama atual. O olhar bélico, que faz parte do conjunto de ações esperadas e até se justifica como primeiro passo, sozinho, não é suficiente para dar conta do desafio enorme que representa devolver aos cariocas e fluminenses a tranquilidade perdida.


Futuro incerto
 

Existe alternativa para a eventualidade de fracasso da experiência inédita de intervir com forças federais na segurança do Rio?  

 

GUÁLTER GEORGE

EDITOR-EXECUTIVO DE POLÍTICA

gualter@opovo.com.br

 

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