A gravidez tardia, após os 40 anos, cresceu 17% entre 2010 e 2015, de 41.538 em 2010 para 48.686 em 2015, segundo dados do Sistema de Informações de Nascidos Vivos (Sinasc), que traz números de nascidos vivos da rede pública e privada. A gravidez na faixa de 30 a 40 anos cresceu 24% no período, de 757.046 nascidos vivos para 939.699. Já a gravidez na faixa de 50 a 60 anos cresceu 15% no mesmo período de 211 para 244 nascidos vivos. A presença da mulher no mercado de trabalho contribuiu para que a mulher adiasse esse momento ao máximo.

Para atender as mulheres grávidas, o Ministério tem o programa Rede Cegonha, uma estratégia do Governo Federal que incentiva o parto normal humanizado e intensifica a assistência integral à saúde das mulheres e crianças até dois anos na rede pública, acompanhando o pré-natal, o parto e o pós-parto.

Entre as ações previstas está a implantação de Centros de Parto Normal (CPN), onde a mulher é acompanhada por uma enfermeira obstetra ou obstetriz, em um ambiente preparado para que possa exercer as suas escolhas, como se movimentar livremente e ter acesso a métodos não farmacológicos de alívio da dor. Um dos objetivos do CPN é reduzir cada vez mais a taxa de mortalidade materna e neonatal e as ocorrências de cesarianas desnecessárias na rede pública de saúde, por meio das instituições que atendem pelo SUS. A cobertura da Rede Cegonha é de 100% dos municípios. (AF)