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As festas de formatura estão cada vez mais estruturadas e os formandos exigem muita criatividade dos profissionais do setor, que precisam ser capazes de renovar suas ideias a cada seis meses, já que os bailes acontecem em dezembro e janeiro e em julho e agosto. 

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Neste mercado efervescente, na animação dos bailes ganha destaque a Banda Acaiaca, com 16 anos de experiência no segmento e 20 anos de criação, presença sempre confirmada ao lado dos formandos de Medicina, de todas as faculdades do Ceará. De Fortaleza a Barbalha, de Juazeiro a Sobral.
 

Guilhermino Benevides, que comanda a banda, revela os segredos do porquê do sucesso. Garanto, Gui (como é carinhosamente chamado pelos amigos mais íntimos) não escondeu nada, em uma entrevista descontraída, em seu escritório, na Rua José Lourenço, entre um gole e outro de um suco de morango afrodisíaco, garantiu ele, e muitas risadas.

ROBERTA FONTELLES PHILOMENO –Como foi o início da história da Banda Acaiaca?
GUILHERMINO BENEVIDES – A banda começou como o grupo de dança Acaiaca, em 1989, fazíamos eventos no exterior, com o Governo do Estado e um dia surgiu a necessidade de montar uma banda para abrir os eventos de dança e criamos a Banda Acaiaca. A banda foi crescendo, ganhou identidade própria, tocávamos axé. Depois de um tempo, começamos a passar por dificuldade e minha mãe (Leila Benevides, que faleceu há 13 anos) teve a ideia da gente se transformar em uma banda de baile.

RFP – A festa de formatura se resume ao baile?
GB – Não. Acontecem eventos paralelos antes e depois do grande dia. Começa com o evento Meio Médico, que é a primeira festa que os formandos fazem. Aí vem a festa dos 100 Dias, um “esquenta” do baile. Depois um workshop, um preparatório que vai colocar os formandos em contato cm todos os profissionais envolvidos no baile de formatura. Daí vem o ápice, o grande dia, o Baile de Formatura, que começa às 22h, junto com o Baile Funk, que é um dos grandes diferenciais da Banda Acaiaca. O baile termina às 5h da manhã, hora em que um trenzinho leva os formandos para um café da manhã, numa barraca de praia, com banda de pagode, sertanejo, forró... que termina às 10h da manhã. Só assim os formando ficam satisfeitos.

RFP - Quais as razões da Banda Acaiaca ser a mais pedida pelos formandos?
GB – Temos preocupação desde a música do receptivo ao momento de troca de banda, para a entrada da atração nacional. Os formandos, geralmente, chegam com os seus pais por volta das 21h30. Antigamente, eram recebidos com música ambiente. Hoje, colocamos música instrumental ao vivo, em clima festivo.O nosso repertório é atualisadíssimo, feito em blocos, para não cansar e a pista de dança sempre ficar lotada. E criamos o baile funk, pancadão que anima os convidados, entre o intervalo da troca de banda. Outro diferencial é contarmos com quatro cantores, quatro vozes e estilos diferentes.

RFP - Quais os estilos que estão na moda?
GB - A sofrência, o forró e sertanejo. Para iniciar a festa, não mais Michael Bublé ou Frank Sinatra. Agora é Beyoncé, Shakira, músicas mais animadinhas.

RFP – E agora, para os bailes de formatura que vão acontecer meio do ano, o que você está planejando para nos surpreender?
GN –Estamos montando uma estrutura de palco construída com canos de PVC, algo surreal, inovador, surpreendente.

RFP – Qual conselho você dá para os alunos que estão começando a organizar a festa de formatura?
GB –A primeira providência é fechar contrato com o cerimonial. Depois procurar o buffet, definir a data, escolher logo a banda de baile. Depois vêm os convites, a filmagem, a fotografia, as becas, banda da igreja (pode ser ou não a Acaiaca). Faltando um ano para o evento, a comissão pode escolher uma banda de fama nacional, renomada, que tenha o hit do momento. O formando tem de visitar a empresa e saber exatamente o que está contratando, para o barato não sair caro.

RFP - Sei que você é superligado em moda, então, quais os estilistas preferidos das formandas?
GB – Quando a formanda deseja um look sob medida, procura Solange Sahdo, Ivanildo Nunes, Kalil Nepomuceno e a Maison Cris, de Cristina Pinto.