Relatório de Monitoramento por Imagens de Satélite dos Plantios de Soja mostra que a área desmatada para o plantio do grão na área amazônica quadruplicou desde 2012 — apesar da moratória. Os dados mostram que, na safra 2016/2017, a área de desflorestamento associada ao plantio foi de 47,4 mil hectares. Na safra 2012/2013, o desmate era de 11,2 mil hectares.

Apesar do avanço, o número foi classificado como positivo pelo ministro do Meio Ambiente, Zeca Sarney, e pelo Greenpeace. “O copo está quase cheio”, disse o ministro. Ele argumentou que a maioria da plantação do grão é feita de acordo com as regras da moratória, declarada em 2006.

Os números mostram que nesta última safra, de 4,48 milhões de hectares, 1,2% da plantação está associada ao desmatamento. Um porcentual, na avaliação do ministro, pouco significativo.

Declarada em 2006 (quando a área de plantio de soja na Amazônia era de 1,4 milhão de hectares), a moratória se baseia no compromisso de não adquirir ou financiar o plantio do grão em áreas desmatadas na Amazônia a partir de 2008.

Paulo Adário, do Greenpeace, classificou os números como positivos e um indicativo de que acordos como esse podem ser realizados em outras áreas.

Agência Estado